Visão Consolidada da Gestão Orçamentária na Região Norte Fluminense

De modo geral, verifica-se que o nível de investimento é muito baixo. Os municípios de Cardoso Moreira e Macaé foram os únicos que apresentaram um percentual do investimento liquidado em 2010 no padrão de dois dígitos. Em Cardoso Moreira o investimento representou 12,64% e em Macaé 10,29% das receitas orçamentárias. Nos outros municípios os índices foram muito baixos, confirmando o auto padrão dos gastos com custeio. Preocupante é que gastos com custeio não permitem sustentabilidade econômica, a qual é provocada somente por investimentos em infraestrutura e indução aos investimentos privados.
Pode-se observar que os gastos com pessoal e encargos são elevados na região. O melhor comportamento é o de Macaé que apresentou um percentual de 35,12% dessa despesa em relação as receitas orçamentárias. Por sua vêz, São Francisco de Itabapoana com uma participação das despesas com pessoal e encargos de 61,91% em ralação as receitas correntes, apresentou o maior gasto proporcional com essa rubrica.
Um outro indicador importante são as receitas tributárias que, bem gerenciadas, podem garantir uma maior independência financeira para o município. Entretanto, essa não é a realidade na região. O padrão muito baixo dessas receitas nos municípios, exceto Macaé, demonstra uma forte dependência dos mesmos as transferências constitucionais. As Receitas Tributárias de Macaé representaram 26,65% das Receitas Correntes, enquanto os outros municípios variaram as suas taxas de participação entre 2% a 5% das receitas orçamentárias no ano.
A ausencia dos município de São João da Barra e Campos não alteram esse quadro que precisa ser modificado. Uma melhor profissionalização da gestão pública é essencial para garantir o desenvolvimento socioeconômico da região, tão necessário para o momento de transformação que se verifica.
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