A crise de segurança do Rio de Janeiro é uma crise do Estado Brasileiro

 


A crise de segurança pública por que passa o estado do Rio de Janeiro ratifica a posição de que a politica partidária, apesar da sua importância no processo de organização social, tem se apresentado como um elemento altamente destrutivo da sociedade brasileira.

A polarização intitulada “esquerda x direita”, ou “bolsonarista x lulista”, chegou ao estagio mais nefasto da ignorância com reflexos de deterioração possíveis de atingir as futuras gerações.

O fundamento básico de inter-relação no contexto do estado - apesar da independência politica e financeira entre o governo Federal e as esferas subnacionais, é ignorado. No caso especifico, não enxergam a natureza da estrutura em cadeia do crime organizado.

A operação militar no Rio de Janeiro precisa ser avaliada sistemicamente, já que estão envolvidos aspectos diversos, como: o avanço das organizações criminais por todo território brasileiro; os vínculos reais e perigosos de integração entre as mesmas organizações; cooperações internacionais; aproximação nefasta da própria politica com crime organizado; a aceleração do processo de corrupção e fragilização das instituições públicas.

Os resultados da operação militar no estado mostram claramente os elementos citados. Criminosos de diferentes estados e municípios estavam envolvidos no confronto, armas com identificação de diferentes países e o poder das organizações criminosas sobre a população trabalhadora que precisa viver nesses espaços.

É neste contexto macabro que grupos criam discursos totalmente contraditórios a real situação. O problema no estado do Rio de Janeiro é um problema do Brasil. O que fica externamente é uma imagem terrível do país, enquanto os opositores políticos agem como se vivessem em esferas diferentes.

Por outro lado as forças criminais atuam de forma cooperada territorialmente, enquanto o estado não consegue se integrar para a solução do problema de segurança que é do país. A prática política mais conveniente é transferir a culpa para outros. Enquanto a sociedade não entender o papel da politica e o cidadão não entender o seu papel, o país não conseguirá sair da sua condição de mediocridade.


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