FMI traça um quadro nebuloso para o Brasil
A
projeção revista do FMI para o crescimento da economia global, indica uma leve
recuperação nas economias avançadas e um crescimento mais lento para as economias
de mercado emergentes e em desenvolvidos. Com a atualização, o órgão projeta para
a economia global um crescimento de 3,1% em 2015; 3,4% em 2016 e 3,6% em 2017.
Os
Estados Unidos apresentam uma estimativa de crescimento consistente de 2,5% em 2015;
2,6% em 2016 e 2,6% em 2017, enquanto a Alemanha tem estimativa de crescimento
de 1,5% em 2015, 1,7% em 2016 e 1,7% em 2017. Destaca-se entre as economias
avançadas, a Espanha que tem estimativas de crescimento de 3,2% em 2015; 2,7%
em 2016 e 2,3% em 2017.
Entre
as economias emergentes, a esperada desaceleração da China é um fator
importante. A estimativa de crescimento para 2015 é de 6,9% a de 2016 é de 6,3%
e a de 2017 é de 6,0%. Por outro lado, a Índia apresenta um quadro mais
alentador. A projeção de crescimento para 2015 é de 7,3% a de 2016 é de 7,5% e a de 2017 é de
7,5%. O pior resultado é o do Brasil, cujas projeções atualizadas bateram -3,8%
em 2015; -3,5% em 2016 e 0% em 2017.
Esse
quadro mostra uma redistribuição da riqueza no mundo, em função de mudanças em
indicadores econômicos importantes. Dentre esses, a queda do preço
internacional do barril de petróleo, que provoca perdas financeiras nos países
exportadores, porém beneficia os países importadores. A desaceleração
industrial da China que afeta, fundamentalmente, os países exportadores de
minério como o Brasil. A valorização cambial, que afeta os países dependentes da
aquisição de máquinas, equipamentos e componentes de alta tecnologia, além dos
produtos globais densos em capital.
No
caso do Brasil, todos esses problemas de ordem global se integram a outros
problemas caseiros, tais como: a corrupção na Petrobrás, os gargalos da gestão
orçamentária, o baixo padrão de confiança e, essencialmente, a crise política.
De fato podemos considerar a existência de uma bomba difícil de ser desarmada.
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