Taxa de produtividade do trabalho nos municípios selecionados
A produtividade do trabalho, calculada através da variação real do Valor Adicionado por trabalhador, no período de 2004 a 2014, nos municípios selecionados, foi maior em São João da Barra. Foi calculada uma taxa real (descontada a inflação do período) para o município de 36,83%. Em segundo lugar ficou Itaperuna com uma taxa produtividade de 14,67%, seguido por Campos dos Goytacazes com uma taxa 2,17%. O Município de Macaé apresentou uma taxa de produtividade real negativa de (10,88%) no mesmo período. Os resultados mostram algumas contradições.
A situação de Macaé, base das empresas do setor de petróleo, é preocupante, do momento em que o definhamento da produtividade do trabalho tende a piorar com a crise do setor e o próprio envelhecimento da Bacia petrolífera.
Campos dos Goytacazes, município importante do estado do Rio de Janeiro, apresentou uma taxa real de produtividade muito baixa, considerando a existência de recursos potenciais, relacionados aos setores sucroalcooleiro, cerâmico, metal mecânico e pecuário. Os recursos oriundos dos royalties de petróleo não foram suficientes para potencializar negócios produtivos.
O município de Itaperuna, não produtor de petróleo e não beneficiado por grandes projetos baseados em recursos naturais, superou os municípios já analisados, com uma taxa real de produtividade do trabalho de 14,67% no mesmo período.
São João da Barra registrou uma taxa real de produtividade do trabalho de 36,83%, em função da localização do porto do Açu. O inicio das operações do porto em meados de 2014 possibilitou uma boa alavancagem do Valor Adicionado neste mesmo ano. Apesar do bom resultado, fruto dos investimentos externos, as atividades domésticas do município andam muito mal. Os setores de comércio e agropecuário apresentam baixa dinâmica, indicando que parte substancial da riqueza gerada internamente foge para outros centros.
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