O que diz o Índice da Firjan sobre o desenvolvimento de São João da Barra

Visando contribuir para um melhor entendimento sobre a conjuntura socioeconômica de São João da Bara, apresento o Índice FIRJAN de Desenvolvimento Econômico Municipal. Esse índice é calculado para todos os municípios do país e avalia três áreas: Educação, Saúde e Emprego e Renda. A avaliação vai de 0 (mínimo) a 1 ponto (máximo). De (0 a 0,4) a classificação é de baixo desenvolvimento; de (0,4 a 0,6) médio desenvolvimento; de (0,6 a 0,8) moderado desenvolvimento e de (0,8 a 1) alto desenvolvimento. 
O gráfico a seguir apresenta a trajetória do IFDM nas áreas de educação e saúde do município de São João da Barra, no período entre 2005 a 2012.  
                                                                                    














Observem que a linha da saúde se mantem constante ao longo do tempo, indicando que não incorporou benefícios dos robustos gastos públicos, enquanto a educação melhorou, suavemente, em 2011, mas caiu em 2012, não compatibilizando com os fartos recursos públicos alocados. Está visível nessa análise a ineficiência da gestão pública.
Esses resultados tão frágeis ocorreram em um período promissor de forte crescimento das receitas de royalties e participações especias, além da instalação do porto do Açu, o qual absorveu em torno de R$8,0 bilhões entre 2007 a 2012
Vejam que nesse ambiente de facilidades o município não conseguiu atingir, em nenhum momento, o padrão de alto desenvolvimento. permaneceu no padrão de desenvolvimento moderado nos oito anos de avaliação. As leves variações ocorridas no índice total se deu por conta do porto do Açu que aumentou o número de emprego e remuneração, os quais não foram aproveitados como esperado localmente. Geramos emprego e riqueza pelos investimentos privados e não as fixamos em um nível adequado para beneficiar os sanjoanense. 
Os recursos públicos crescentes foram geridos ineficientemente nesse período, sobrando as externalidades negativas, relacionadas a grande estrutura pública, demandas sociais elevadas, endividamento, achatamento das receitas orçamentárias, etc.
A análise parou em 2012, já que está disponível somente mais um ano, o de 2013 e o objetivo da análise é verificar os resultados provenientes do período de receitas orçamentárias crescentes.

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