Rendimento médio do salário em Campos dos Goytacazes no período de 2004 e 2015

Verificando o rendimento médio do trabalho em Campos dos Goytacazes, no período de 2004 a 2015, confirmamos a ausência de ações indutivas à atividade produtiva. Pelo menos na primeira metade do período, os preços do barril de petróleo estavam em alta, assim como a produtividade da Bacia de Campos, o que permitiu transferências polpudas de royalties e participações especiais. Os orçamentos elevados parece ter alimentado a estrutura de custeio, apesar do padrão satisfatório de investimento, quando visto pela ótica quantitativa. Vejam que é essencial a combinação quantidade x qualidade. O gráfico mostra a participação percentual do rendimento médio por setor de atividade no município.               















Os setores produtivos agropecuário e indústria de transformação encolheram as suas participações no período. O agropecuário de 4,65% em 2014 para 1,02% em 2015 e a indústria de transformação de 7,49% para 5,93%, no mesmo período. Contrariamente, o setor de administração pública cresceu a sua participação de 20,15% em 2004 para 26,88% em 2015. 
No setor de serviços a participação caiu de 45,93% em 2004 para 41,12% em 2015, enquanto na construção civil a participação foi ampliada de 3,81% em 2004 para 5,61% em 2015.
Esse retrato mostra a fragilidade econômica do município e a sua dependência as rendas de petróleo, cuja trajetória é de queda sem perspetiva de recuperação. Nesse caso, pensar alternativas para a recuperação e sustentabilidade da economia do município  é essencial.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

A trajetória de uma rica atividade que se transforma em maldição

A alocação de grandes volumes de recursos financeiros garante qualidade na educação?

A região Norte Fluminense gerou 9,8 mil vagas de emprego no período de janeiro a agosto de 2024