A conjuntura econômica nacional em 2016

Com a expectativa de queda de 3,5% do PIB em 2016, em relação ao ano anterior, uma dívida bruta de 71% e um resultado primário de 2,6% negativo em novembro desse ano, o Brasil fecha o ano na expectativa de dias melhores no ano que chega.

Outro aspecto que se deteriorou neste ano foi o emprego formal. A taxa de desocupação do trimestre setembro, outubro, novembro alcançou 11,9%, sendo a mais elevada desde o período de sua criação em 2012. O rendimento real pelas pessoas ocupadas também desacelerou no tempo. No mesmo trimestre de 2016 foi observado uma queda de 0,44% em relação ao mesmo trimestre do ano passado e uma queda de 2,16% em relação ao mesmo trimestre de 2013.

Já a flutuação do emprego formal no período entre janeiro a novembro de 2016, registrou uma eliminação 858,3 mil empregos. Segundo avaliação setorial, a construção civil foi a que mais eliminou vagas neste ano. Foram 276,1 mil vagas de emprego, seguido pelo setor de serviços com 231,6 mil vagas e do comércio com a eliminação de 185,5 mil vagas. Os setores de administração pública e agropecuária foram os únicos a gerar novas vagas de emprego no ano. Foram geradas 11,0 mil vagas na administração pública e 35,4 mil novas vagas na agropecuária, no mesmo período.

Os indicadores relativos ao comércio exterior melhoraram, porém é importante uma observação mais cuidadosa. No período janeiro a novembro de 2016, foi registrado um superávit de US$43.282 milhões na balança comercial, resultado da exportação acumulada de US$169.307 milhões e US$126.025 milhões de importação.

O elevado saldo da balança comercial, entretanto, é fruto da forte desaceleração das importações. O valor das exportações no período de janeiro a novembro foi menor 2,9% em relação ao mesmo período de 2015, enquanto o valor das importações foi menor 21,7% no mesmo período, o que ratifica a preocupação indicada anteriormente.

As expectativas para 2017 é de que, com redução do índice inflacionário que já desacelerou neste ano para 6,4% (IPCA) e com a redução da taxa de juros, gradativamente, os investimentos comecem a acontecer, melhorando a dinâmica econômica e o nível de emprego. Evidente que o nível de confiança entre os empresários e consumidores precisam melhorar, assim como, os governos (federal, estadual e municipal) precisam resolver o problema da crise financeira presente.



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