Entendendo Os Espaços Locais Além dos Modelos Convencionais de Comunicação
A III Conferência Local de Controle Social: O Complexo do Açu, Impactos e Oportunidades, promovida por MNC, ITEP-PROEX/UENF, OCSP, com apoio da UENF, IFF, CEPECAM/UCAM e sob a coordenação do professor Hamilton Garcia (Coordenador de Extensão-CCH/UENF) e Nilza Franco (ITEP-PROEX/UENF), ontem no centro de convenções da UENF, foi bastante concorrido e dentre os diversos pontos de substancial relevância, dois serão realçados nesta discussão. O primeiro diz respeito à disposição do grupo empresarial X em se constituir como empreendedor ativo e indutor do fortalecimento dos atores que compõem o território, no que diz respeito a sua inserção ao processo de transformação. O segundo diz respeito a feliz constatação da existência, especialmente, em Campos dos Goytacazes, de uma massa critica importante no contexto da pesquisa acadêmica e disposta a entender o novo momento, contribuindo para a formação de melhores resultados socioeconômicos para a região.
Uma outra questão que merece ser realçada e que norteou todo o debate está relacionada ao programa de gestão integrada do território que será coordenado pelo empreendedor. Neste aspecto, vejo algumas dificuldades, como o que talvez possa chamar de “rigidez do saber”. O empreendedor imagina que através da orientação de especialistas estrangeiros é possível integrar o território de forma a inibir o isolamento da aglomeração industrial e a exclusão da sociedade local. Primeiro vejo certas contradições no conceito de território, que deve ser visto como um espaço relacional e não um espaço físico. Neste caso, existe um saber e uma cultura local que deve ser considerada. É preciso entender que existe na região a predominância de um frágil tecido social que tem alimentado elementos, como: a desconfiança, a deterioração de valores, o desrespeito a regras institucionais, o individualismo e a forte dependência econômica de um grande grupo de indivíduos a política partidária. Um ambiente assim constituído não responde a ações coletivas e reagem a qualquer tipo de integração. Tal fato, inclusive, tem desmotivado iniciativas empreendedoras, tanto nas atividades urbanas, quanto nas atividades rurais.
Considero que a indução é essencial para quebrar os presentes gargalos, entretanto além da visão holística, faz-se necessário a implementação de ações que gerem resultados incrementais e gradativos de maneira a animar setores importantes que, na esteira desses exercícios, possam ir construindo uma melhor condição de confiança e melhorando o tecido social, de maneira a fortalecer a capacidade de respostas aos programas mais robustos de inserção da sociedade local ao novo movimento de forte transformação, ora em andamento.
Nesta estratégia, o saber local, tanto formal quanto informal, costuma ser mais importante do que o saber internacional que é desconectado da realidade local e que, no máximo, pode se constituir num pacote tecnológico com alta credibilidade para os acionistas do grupo empresarial, entretanto sem possibilidade de alcançar objetivos práticos mais relevantes.
De qualquer forma, essas iniciativas provocam discussões importantes e geram um aprendizado que, certamente, auxiliará a construção do processo de amortecimento dos desequilíbrios que são próprios desse tipo de investimento.
Uma outra questão que merece ser realçada e que norteou todo o debate está relacionada ao programa de gestão integrada do território que será coordenado pelo empreendedor. Neste aspecto, vejo algumas dificuldades, como o que talvez possa chamar de “rigidez do saber”. O empreendedor imagina que através da orientação de especialistas estrangeiros é possível integrar o território de forma a inibir o isolamento da aglomeração industrial e a exclusão da sociedade local. Primeiro vejo certas contradições no conceito de território, que deve ser visto como um espaço relacional e não um espaço físico. Neste caso, existe um saber e uma cultura local que deve ser considerada. É preciso entender que existe na região a predominância de um frágil tecido social que tem alimentado elementos, como: a desconfiança, a deterioração de valores, o desrespeito a regras institucionais, o individualismo e a forte dependência econômica de um grande grupo de indivíduos a política partidária. Um ambiente assim constituído não responde a ações coletivas e reagem a qualquer tipo de integração. Tal fato, inclusive, tem desmotivado iniciativas empreendedoras, tanto nas atividades urbanas, quanto nas atividades rurais.
Considero que a indução é essencial para quebrar os presentes gargalos, entretanto além da visão holística, faz-se necessário a implementação de ações que gerem resultados incrementais e gradativos de maneira a animar setores importantes que, na esteira desses exercícios, possam ir construindo uma melhor condição de confiança e melhorando o tecido social, de maneira a fortalecer a capacidade de respostas aos programas mais robustos de inserção da sociedade local ao novo movimento de forte transformação, ora em andamento.
Nesta estratégia, o saber local, tanto formal quanto informal, costuma ser mais importante do que o saber internacional que é desconectado da realidade local e que, no máximo, pode se constituir num pacote tecnológico com alta credibilidade para os acionistas do grupo empresarial, entretanto sem possibilidade de alcançar objetivos práticos mais relevantes.
De qualquer forma, essas iniciativas provocam discussões importantes e geram um aprendizado que, certamente, auxiliará a construção do processo de amortecimento dos desequilíbrios que são próprios desse tipo de investimento.
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