O setor sucroalcooleiro e as regras do mercado global

Matéria do jornal Globo anuncia:
"Raízen, joint-venture de Cosan e Shell, acabará com a marca Esso e terá faturamento de R$ 50 bilhões". Trata-se de um processo de integração formado pela Cosan e pela anglo-holandesa Shell, para união das operações de combustíveis e de açúcar e etanol produzidos a partir de cana-de-açúcar. A Raízen iniciará as operações neste semestre, com capacidade de moagem de 62 milhões de toneladas da cana por safra e geração de 900 MW de energia elétrica a partir do bagaço da cana. A nova companhia já começa com 24 usinas processadoras de cana e 4,5 mil postos de combustíveis.
Esta operação mostra claramente como funciona o mercado global. A busca da competitividade empresarial leva a iniciativas de cooperação de forma a construir uma escala que permita rendimentos crescentes. Observem que a nossa região, que já foi referência nacional neste setor, não apresenta os condicionantes necessários para a competição nesse mercado, porém insiste no formato de organização que não possibilita a sua evolução. Neste caso, a estratégia deve ser diferenciada. Os fundamentos próprios para evolução competitiva do setor na região passa pela construção da confiança entre os atores; indução a um processo de organização produtiva alternativa, permeado por cooperação e reciprocidade e fortalecimento da cadeia de valor pela diversificação de produtos com agregação de valor. Naturalmente, é fundamental a definição de um processo de governança que permita a formação de escala pelo território e não pela organização micro econômica, onde os agentes públicos e privados possam ter um papel efetivo no diz respeito ao seu comprometimento em relação ao objetivo traçado.

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