Podemos escolher um modelo adequado de geração de riqueza, privilegiando a sociedade local

Matéria do Globo Rural no último domingo corrobora com a idéia de que pode-se escolher o modelo gerador de riqueza em cada espaço territorial. A escolha pode ser por um modelo que use o espaço somente para criar riqueza e depois distribui-la fora, a exemplo dos investimentos amparados em recursos naturais (petróleo, portos, resorts, etc.), ou por um modelo amparado nas atividades econômica de base, tais como a agricola, pesca ou outros recursos representativos de vantagens comparativas. O município de Sorriso em Mato Grosso é exemplo desse segudo modelo.

Trata-se de um município com 66.521 habitantes e uma área territorial de 9.329,5 k2. Um PIB per capita que é real (diferente da ficção dos municipios produtores de petróleo) de R$38.977,85 que é gerado principalmente pelas atividades ligadas ao agronegócio. A figura acima apresenta a distribuição da riqueza, onde a agropecuária participa com 27,65%, a indústria com 12,69% e os serviços com 50,13%. É comum na cidade os comentários de preocupação com a agricultura, todos lembram que quando a agricultura vai bem, todos estão bem. Esta riqueza é gerada localmente e bem distribuida nos diferentes segmentos econômicos. Em função disso, a cidade é extremamente dinâmica e respira uma riqueza amparada, especialmente, no cultivo de soja, milho, feijão e algodão. O PIB de 2009 somou R$2,3 bilhões gerados pela integração das atividades agricola, industrial e serviços ou o agronegócio.

Tal dinamica ainda pode ser verificada nas operações bancárias. Esse pequeno município apresentou um saldo de operações de crédito em dezembro de 2010 da ordem de R$ 805,3 milhões, mostrando que o sistema economico local desfruta de total confiança do sistema bancário.

As receitas correntes realizadas em 2010 somaram R$122,2 milhões, com participação das receitas tributárias em 15,5% e das despesas de investimentos em 12,5% das receitas correntes. Esses indicadores dão inveja aos municípios da Região Norte Fluminense, responsáveis por 83% do petróleo do Brasil.

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