"Terras improdutivas" de São João da Barra tem o maior rendimento por hectare na região Norte Fluminense em 2010
Os indicadores do IBGE sobre agricultura municipal, referente ao ano de 2010, traz informações importantes e surpreendentes. Avaliando o rendimento por hectare da atividade agricola nos municípios da região Norte Fluminense, identificamos que São João da Barra superou todos os oito municípios da região neste ano. Conforme o gráfico, na modalidade de agricultura temporária, o município conseguiu a maior remuneração média por hectare colhido, cujo valor chegou a R$3.428,85 em 2010 e na modalidade permanente, a remuneração média chegou R$14.707,59 no ano.
Essa importante surpresa nos instigou a aprofundar a análise, onde concluimos que tal performance ocorreu em função de fatores externos, ou seja, deveu-se a valorização do preços de algumas culturas.
Na cultura temporária, destacaram-se o abacaxi e a cana-de-açúcar. A área colhida de abacaxi se manteve estagnada em 200 hectares de 2007 a 2009, caindo para 160 hectares em 2010. A produção atingiu 5.000 mil frutos em 2007, caindo para 4.600 mil frutos em 2008 e 2007, declinando ainda mais para 4.160 mil frutos em 2010. Observe que mesmo com uma queda de 20,0% na área colhida em 2010 com relação a 2009 e uma queda de 9,6% na produção, a renda aumentou 29,2% em função do aumento do preço médio em 13,0%.
A área colhida de cana-de-açúcar se manteve estagnada em 3.200 hectares de 2007 a 2009, aumentando levemente para 3.250 hectares em 2010. A produção em toneladas se manteve estagnada em 179.200 mil toneladas de 2007 a 2009, aumentando levemente para 182.000 mil toneladas em 2010. Neste caso, a área colhida cresceu 1,6%, a produção cresceu 1,6% e a renda cresceu 1,6% em 2010. A cana-de-açúcar experimentou um forte aumento de preço em 2009 com relação a 2008, onde a variação atingiu 48,2%.
Na cultura permanente, destacaram-se a goiaba e o côco-da-baia. A área colhida de goiaba se manteve estagnada em 70 hectares de 2007 a 2010. A produção em mil frutos se manteve estagnada em 2.100 mil frutos de 2007 a 2010. Observe que mesmo com a estabilização na área colhida e na produção, a renda aumentou 9,1%, em função do aumento do preço médio de 9,1%.
A área colhida de coco-da-bahia se manteve estagnada em 80 hectares de 2007 a 2009, aumentando para 90 hectares em 2010. A produção se manteve estagnada em 1.600 mil frutos de 2007 a 2009, aumentando para 2.430 mil frutos em 2010. Neste caso, a área colhida cresceu 12,5%, a produção cresceu 51,9% e a renda cresceu 89,8% em 2010. O coco-da-bahia experimentou um forte aumento de preço em 2010 em relação a 2009, onde a variação atingiu 25,0%.
Vejam que essas informações contrariam os discursos que definem as terras do município como improdutivas, justificando a sua desapropriação pelo Estado. Na verdade, o que fica claro é que não existem políticas públicas de fortalecimento para agricultura na região, o que leva São João da Barra a liderança nesta atividade, em função de fatores externos, como a valorização dos preços. Não se verificou aumento da produtividade, em função de inovação, logistica, agregação produtiva, etc. , o que nos leva a imaginar que uma boa política municipal poderia potencializar a atividade agricola local com reflexos no emprego e na renda.
Essa importante surpresa nos instigou a aprofundar a análise, onde concluimos que tal performance ocorreu em função de fatores externos, ou seja, deveu-se a valorização do preços de algumas culturas.
Na cultura temporária, destacaram-se o abacaxi e a cana-de-açúcar. A área colhida de abacaxi se manteve estagnada em 200 hectares de 2007 a 2009, caindo para 160 hectares em 2010. A produção atingiu 5.000 mil frutos em 2007, caindo para 4.600 mil frutos em 2008 e 2007, declinando ainda mais para 4.160 mil frutos em 2010. Observe que mesmo com uma queda de 20,0% na área colhida em 2010 com relação a 2009 e uma queda de 9,6% na produção, a renda aumentou 29,2% em função do aumento do preço médio em 13,0%.
A área colhida de cana-de-açúcar se manteve estagnada em 3.200 hectares de 2007 a 2009, aumentando levemente para 3.250 hectares em 2010. A produção em toneladas se manteve estagnada em 179.200 mil toneladas de 2007 a 2009, aumentando levemente para 182.000 mil toneladas em 2010. Neste caso, a área colhida cresceu 1,6%, a produção cresceu 1,6% e a renda cresceu 1,6% em 2010. A cana-de-açúcar experimentou um forte aumento de preço em 2009 com relação a 2008, onde a variação atingiu 48,2%.
Na cultura permanente, destacaram-se a goiaba e o côco-da-baia. A área colhida de goiaba se manteve estagnada em 70 hectares de 2007 a 2010. A produção em mil frutos se manteve estagnada em 2.100 mil frutos de 2007 a 2010. Observe que mesmo com a estabilização na área colhida e na produção, a renda aumentou 9,1%, em função do aumento do preço médio de 9,1%.
A área colhida de coco-da-bahia se manteve estagnada em 80 hectares de 2007 a 2009, aumentando para 90 hectares em 2010. A produção se manteve estagnada em 1.600 mil frutos de 2007 a 2009, aumentando para 2.430 mil frutos em 2010. Neste caso, a área colhida cresceu 12,5%, a produção cresceu 51,9% e a renda cresceu 89,8% em 2010. O coco-da-bahia experimentou um forte aumento de preço em 2010 em relação a 2009, onde a variação atingiu 25,0%.
Vejam que essas informações contrariam os discursos que definem as terras do município como improdutivas, justificando a sua desapropriação pelo Estado. Na verdade, o que fica claro é que não existem políticas públicas de fortalecimento para agricultura na região, o que leva São João da Barra a liderança nesta atividade, em função de fatores externos, como a valorização dos preços. Não se verificou aumento da produtividade, em função de inovação, logistica, agregação produtiva, etc. , o que nos leva a imaginar que uma boa política municipal poderia potencializar a atividade agricola local com reflexos no emprego e na renda.
Pois é caro Alcimar, estão ai os números da terra "improdutiva" sem ajuda séria dos governos, sem programas sérios de sustentabilidade e com pouco apoio técnico. Agora imaginem só se a prefeitura com esses milhões de R$ do ouro negro investisse em programas maiores... Esses resultados se dão por conta da força de vontade do homem do campo em trabalhar. Lembrando que uma cultura que empregava muita gente e gerava renda e que hoje é praticamente extinta não mais é contabilizada. O caju rico a alguns anos atrás e hoje muito difícil de se ver gerava renda sem incentivo do governo também. Enfim é triste vermos algumas declarações de "autoridades incompetentes" referente a essas terras.
ResponderExcluirÉ verdade Denis. É trite constatar que existe um grande desconhecimento do governo sobre a atividade agricola no município. Esses dados são importantes e mostram que com planejamento e inserção de conhecimento, a economia local poderia ser potencializada.
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