A maldição do petróleo como crise e desestruturação econômica na RNF
As informações contidas no gráfico comprovam a tese de que os municípios da região Norte Fluminense precisam buscar alternativas de arrecadação orçamentária às rendas de royalties de petróleo. O gráfico mostra a relação percentual do valor arrecadado de royalties, nos municípios da região, em relação ao valor arrecadado pelos municípios do Rio de Janeiro; da região Norte Fluminense, em relação ao valor total arrecadado pelos municípios do país e, finalmente, entre o Rio de Janeiro e o país, no período acumulado de janeiro a outubro de cada ano. Observem que existe uma tendencia de queda nas participação ao longo do período.
A região Norte Fluminense garantia uma participação de 66,42% do valor distribuído para os municípios do Rio de Janeiro em 2010. Nos anos seguintes os percentuais caíram para 59,9%; 58,92%; 56,73%; 54,0%; e 51,98%, sucessivamente, até 2015, ou seja, em seis anos a região perdeu 14 pontos percentuais no contexto do Rio de Janeiro.
Na comparação entre a região e o total dos municípios dos país, podemos observar uma queda de participação relativa de 47,26% no período de janeiro a outubro de 2010 para 38,73 no mesmo período de 2015, ou seja, perda de 8,5 pontos no período.
Finalmente, a participação da arrecadação dos municípios do Rio de janeiro, em relação a arrecadação dos municípios do Brasil, também apresentou uma queda de 31,39% em 2010, para 20,13% em 2015, ou seja, retração de 11 pontos no período.
Este quadro confirma que a região não atentou para importantes questões como: perda de produtividade dos poços, mudanças de cambio, variações nos preços da commoditie, assim como, não aproveitou os recursos ampliados, dos ciclos favoráveis, para potencializar a sua infraestrutura econômica e social. O custo da inobservância a essas questões é crise orçamentária e a recessão do sistema econômico. A situação verificada nesses municípios é consequência desses fatos e a recuperação será dolorosa.
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