Crise de competência!

Gerir o setor público sem recursos não é fácil, assim como, gerir o setor público com muitos recursos também não fácil. Vejam que no período de 2001 a 2009 o país navegou em um ambiente altamente propício à acumulação, em função dos altos preços das commodities, preço crescente do barril petróleo, inflação controlada, evolução do saldo da balança comercial, forte crescimento industrial da China, saldo crescente de emprego e equilíbrios contas públicas, mas não se preparou para o ciclo posterior de crise. Gastou mal e além do limite, deixando um rastro de problemas sentidos atualmente.

No estado do Rio de Janeiro, especialmente, na região petrolífera, a situação é, exatamente, a mesma. As rendas de petróleo aumentaram fortemente nesse período, enquanto as despesas de custeio cresceram em uma velocidade desproporcional, gerando os atuais problemas. Isso nos leva a concluir que o problema não é a falta de dinheiro e sim a falta de competência na gestão. Mais dinheiro alimentará esse processo de ineficiência comum a gestão pública. É necessário mudar comportamento! É necessário acabar com o empoderamento das forças políticas, condição que coloca a sociedade como subserviente dos gestores públicos. A sociedade não participa das decisões e os gestores conduzem a alocação dos recursos públicos, segundo interesses de grupos específicos, deixando a população em condição de dificuldade. A crise de competência é a verdadeira crise que vivemos!


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