O setor Sucroalcooleiro Fluminense: erros de avaliação
Organizações de apoio ao setor sucroalcooleiro da Região Norte Fluminense insistem no diagnóstico da falta de recursos financeiros como elemento responsável pelo declínio do setor. Existe uma falsa compreensão de que a desregulamentação do setor, com a saída do governo no início dos anos 90, foi a causadora de todos os problemas atuais. Tal visão gera propostas como a transferência de 1% do valor gasto em propaganda com etanol brasieliro para a região, dentre outras.
Na verdade, uma leitura mais criteriosa mostra que outros estados, depois da desregulamentação do setor, passaram a adotar paradigmas tecnológicos para criar produtos e processos melhorados com vista a melhorar o padrão de competitividade. Nesse contexto, surgiram programas de melhoramento genético e manejo varietal da cana, que impulsionaram estados como São Paulo, Paraná, Goiás e Mato Grosso.
Ao contrário, o Rio de Janeiro já registra declínio na primeira e segunda fases de evolução da atividade. A primeira fase de 1975 a 1979, considerada como a de crescimento moderado e a segunda fase de 1980 a 1985, considerada como a de expansão acelerada, o Rio já tinha perdido 5 usinas, ou seja, menos 25% do parque.
A terceira fase, considerada a da desaceleração ocorreu no período de 1986 a 1995, período em que a metade do parque tinha desaparecido. O gráfico acima mostra a trajetória do parque, através do número de usinas por período.
Se considerarmos que durante os anos setenta e oitenta o fluxo de recursos financeiros era substancial para essa região, é facil pressupor que o problema da atividade, definitivamente não se resume na falta de dinheiro.
Na verdade, uma leitura mais criteriosa mostra que outros estados, depois da desregulamentação do setor, passaram a adotar paradigmas tecnológicos para criar produtos e processos melhorados com vista a melhorar o padrão de competitividade. Nesse contexto, surgiram programas de melhoramento genético e manejo varietal da cana, que impulsionaram estados como São Paulo, Paraná, Goiás e Mato Grosso.
Ao contrário, o Rio de Janeiro já registra declínio na primeira e segunda fases de evolução da atividade. A primeira fase de 1975 a 1979, considerada como a de crescimento moderado e a segunda fase de 1980 a 1985, considerada como a de expansão acelerada, o Rio já tinha perdido 5 usinas, ou seja, menos 25% do parque.
A terceira fase, considerada a da desaceleração ocorreu no período de 1986 a 1995, período em que a metade do parque tinha desaparecido. O gráfico acima mostra a trajetória do parque, através do número de usinas por período.
Se considerarmos que durante os anos setenta e oitenta o fluxo de recursos financeiros era substancial para essa região, é facil pressupor que o problema da atividade, definitivamente não se resume na falta de dinheiro.
O setor não acompanhou a evolução tecnológica, mesmo quando havia financiamento fácil. E não consegue mais competir com outros estados. E agora o grande dinheiro da região vem do petróleo, ofuscando totalmente os negócios baseados na cana.
ResponderExcluirRealmente as transferências de royalties ofuscam as outras receitas, o que é um problema. O petróleo é finito e existe forte pressão de outros estados por uma nova distribuição, onde os municípios produtores teriam suas indenizações reduzidas. Assim, as receitas oriundas das atividades de base são relevântes e devem ser potencializadas. Por exemplo, mesmo fragilizado o setor sucroalcooleiro é muito importante para Campos e região, o que não quer dizer que dinheiro público deve ser distribuido sem nenhum critério.
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