Qualificação Profissional na Região Norte Fluminense: necessidade de um novo olhar
Estudo do economista da UFRJ João Saboia sobre trabalho e renda, com base nos dados do Caged - Ministério do Trabalho, reforça a nossa crítica sobre o discurso de "qualificação para o trabalho" tratado em nossa região. Segundo o economista, dos trabalhadores com carteira assinada com o título de terceiro grau, uma parcela significativa de 53,5% está ocupando funções que exigem nível médio. Qual é a origem disso? A necessidade de contribuir para aumentar a estatística do número de matriculas no terceiro grau e a baixa qualidade de muitas instituições de ensino de terceiro grau que priorizam somente o aspecto comercial.
Em especial na região Norte Fluminense, espaço que experimenta um novo momento de transformação socioeconomica, a discussão sobre qualificação para o trabalho precisa ser repensada. Dificilmente teremos exito nessa questão se o ensino fundamental não for mudado e isso leva a um essencial esforço de reestruturação na educação municipal. A pratica corrente de viabilizar a formação de terceiro grau não tem gerado a produtividade esperada. Muitos profissionais com o título de terceiro grau não conseguem ocupar as vagas de acordo com a sua formação no mercado de trabalho, enquanto que a fragilidade da escola fundamental dificulta a trajetória de capacitação de muitos jovens. Desta forma observa-se um grande descompasso entre a preparação do estudante no ensino fundamental, médio e universitário das habilidades exigidas pelo mercado de trabalho, fato que materializa o gasto orçamentário sem compromisso com a relação custo/benefício. A não observação a essa discussão vai gerar a necessidade de importação de mão-de-obra, enquanto que os trabalhadores locais podem amargar os reflexos da inflação acelerada e da carência de serviços públicos em consequência do investimento em infraestrutura insuficiente frente ao aumento populacional. Resumindo, ou se integra ou faveliza.
Em especial na região Norte Fluminense, espaço que experimenta um novo momento de transformação socioeconomica, a discussão sobre qualificação para o trabalho precisa ser repensada. Dificilmente teremos exito nessa questão se o ensino fundamental não for mudado e isso leva a um essencial esforço de reestruturação na educação municipal. A pratica corrente de viabilizar a formação de terceiro grau não tem gerado a produtividade esperada. Muitos profissionais com o título de terceiro grau não conseguem ocupar as vagas de acordo com a sua formação no mercado de trabalho, enquanto que a fragilidade da escola fundamental dificulta a trajetória de capacitação de muitos jovens. Desta forma observa-se um grande descompasso entre a preparação do estudante no ensino fundamental, médio e universitário das habilidades exigidas pelo mercado de trabalho, fato que materializa o gasto orçamentário sem compromisso com a relação custo/benefício. A não observação a essa discussão vai gerar a necessidade de importação de mão-de-obra, enquanto que os trabalhadores locais podem amargar os reflexos da inflação acelerada e da carência de serviços públicos em consequência do investimento em infraestrutura insuficiente frente ao aumento populacional. Resumindo, ou se integra ou faveliza.
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