São João da Barra recebe audiência pública para implantar siderúrgica
Foi realizada, nas instalações do CIEP, audiência pública para a implantação do projeto Siderúrgica Ternium Brasil em São João da Barra. O projeto compreenderá um conjunto de unidades industriais, com base tecnológica, para produzir pelotas de ferro e aço em forma de placas, chapas, laminados e bobinas. O investimento global ocorrerá em quatro fases ao longo de 14 anos e somará a importância de US$12,4 bilhões.
Segundo o relatório de impacto ambiental, no pico de obra da fase de construção, o projeto empregará 18.000 pessoas e quando todas as instalações já estiverem implantadas e operando, serão 11.075 trabalhadores.
A audiência pública seguiu segundo o rígido formato, onde empreendedor e técnicos da empresa responsável do estudo de impacto explicam o projeto, em regra geral, não identificam impactos negativos importantes, já que os modelos matemáticos parecem resolver possíveis problemas, e quando alguns aspectos ficam mais visíveis, surgem medidas compensatórias de carater muito geral e subjetivas.
Entretanto, muito importante foi o contato direto com os representantes da empresa os quais, muito receptivos, se colocaram a disposição para novos contatos, visitas a sua unidade de Pindamonhangada em São Paulo e, sobretudo, garantia de evolução no processo de comunicação com a sociedade.
Professor, as audiências ditas "públicas", são em geral a mesma ladainha de sempre, eles pegam o EIA/RIMA, resumem e colocam para a população que vê com desconfiança. Já foi em várias e sempre que são questionados mais profundamente eles não respondem ou dizem que nada vai ocorrer. Que um exemplo? Na audiência do estaleiro, foi questionado por uma pessoa, que com a construção do estaleiro e grandes quebra-mares poderiam agravar em Atafona o processo de erosão costeira que vem ocorrendo a décadas. Os representantes do grupo X disseram que não, que não tem nada haver, o secretario de planejamento, Sr. Victor Aquino, na ocasião disse que o que ocorre em Atafona esta sendo discutido a 30 anos e até agora não se chegou a um consenso do que deve ser feito, mas ao mesmo tempo vão construir grandes quebra-mares gigantes perto da costa, foram constatados, até no EIA/RIMA um processo de erosão considerado alto em um raio de até 8 KM no entorno da construção e os mesmos disseram que não é bem assim... Não consigo entender essas audiências, pois pouco é falado a respeito das compensações que devem ser feitas.
ResponderExcluirComo deve ser de conhecimento do Sr. um pequeno quebra-mar feito no porto causou um recuo do mar em mais de 150 metros, como podem dizer que os grandes “paredões” que serão construídos em alto mar e junto a costa não trarão impactos significantes para costa de nosso município. A pergunta é, moro a 200 metros da praia, se amanhã o mar chegar aqui com a construção desses quebra-mares quem irá indenizar?! Vão dizer que é um fator natural?!
Não está havendo a transparência necessária em todo o processo, como estão querendo construir empreendimentos desses tamanhos baseados em mentiras acredito que não serão tão transparentes quanto prometem!
Denis, a única aternativa é a discussão encaminhada por uma sociedade organizada e ativa. Hoje,vemos uma sociedade com muitas dificuldades de se organizar e um poder público constituido que não representa a sociedade, já que assume a postura do empreendedor e repete o mesmo discurso.
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