Agricultura e políticas compensatórias do Porto do Açu: a triste constatação
Mais uma vez a tentativa de discutir políticas compensatórias no âmbito do porto do Açu, pelo Movimento Nossa São João da Barra, ficou prejudicada pela ausência dos principais atores, ou seja, o governo e o empreendedor. Não é novidade que o empreendedor tem obrigações legais e morais no que diz respeito a compensar o município, já que interfere na geografia, na economia, no meio ambiente e na vida das pessoas em busca de lucro e que o governo tem o papel de defender a sociedade dos impactos negativos que são próprios de investimentos dessa magnitude.
Paradoxalmente, o quadro que se vê é outro. O empreendedor usa e abusa da comunicação enganosa sobre ações inexistentes, enquanto o governo avalia tal prática e incorpora o discurso do empreendedor, não cumprindo o seu papel na sociedade. Desta forma, o governo de São João da Barra segue os rumos do governo do Estado, misturando ligações institucionais com pessoais, com conseqüente abandono do seu real papel de fiscalizador e protetor da sociedade.
Mesmo com prejuízo o seminário possibilitou uma boa discussão, já que conseguiu mobilizar profissionais do mais alto conhecimento ligado à academia, membros do movimento e produtores rurais do quinto distrito, que com sensibilidade e experiência de vida contribuíram de sobremaneira para a concretização do evento. Evidente que ficou um vazio e uma profunda tristeza na constatação da falta de comprometimento do governo e do empreendedor, ainda mais quando se tem conhecimento da contratação por parte do empreendedor de uma organização para implantar a gestão integrada de território, com instalação na cidade de algo que eles chamam de centro de conhecimento. Neste caso, só resta à pergunta: como pode alguém falar de integração com a sociedade, centro de conhecimento e outras falácias e quando chamado para um debate técnico, foge da discussão?
Já sabemos que para a empresa é muito mais cômodo o relacionamento só com o governo, já que a sociedade apresenta dificuldades de organização e por isso não tem voz. Neste quadro, o governo usa a proximidade para capitalizar interesses muito particulares, enquanto a empresa toca o seu projeto sem grandes preocupações. Entretanto, mesmo com as reais dificuldades, o movimento continuará a sua trajetória no sentido de contribuir para que esta parcela da sociedade se insira na presente discussão. O empreendedor precisa responder os questionamentos sobre as comunicações falsas relacionadas aos programas socioambientais e o governo precisa responder os questionamentos sobre o abandono das funções que representam seu verdadeiro papel social. Continuaremos na luta para que as medidas compensatórias saiam do discurso e se transformem em realidade, afinal as obras do porto do Açu completarão quatro anos no final deste ano e os impactos positivos apresentados nos relatórios de impacto ambiental que servem de base para liberação dos projetos pelos órgãos ambientais, ainda não se materializaram.
Paradoxalmente, o quadro que se vê é outro. O empreendedor usa e abusa da comunicação enganosa sobre ações inexistentes, enquanto o governo avalia tal prática e incorpora o discurso do empreendedor, não cumprindo o seu papel na sociedade. Desta forma, o governo de São João da Barra segue os rumos do governo do Estado, misturando ligações institucionais com pessoais, com conseqüente abandono do seu real papel de fiscalizador e protetor da sociedade.
Mesmo com prejuízo o seminário possibilitou uma boa discussão, já que conseguiu mobilizar profissionais do mais alto conhecimento ligado à academia, membros do movimento e produtores rurais do quinto distrito, que com sensibilidade e experiência de vida contribuíram de sobremaneira para a concretização do evento. Evidente que ficou um vazio e uma profunda tristeza na constatação da falta de comprometimento do governo e do empreendedor, ainda mais quando se tem conhecimento da contratação por parte do empreendedor de uma organização para implantar a gestão integrada de território, com instalação na cidade de algo que eles chamam de centro de conhecimento. Neste caso, só resta à pergunta: como pode alguém falar de integração com a sociedade, centro de conhecimento e outras falácias e quando chamado para um debate técnico, foge da discussão?
Já sabemos que para a empresa é muito mais cômodo o relacionamento só com o governo, já que a sociedade apresenta dificuldades de organização e por isso não tem voz. Neste quadro, o governo usa a proximidade para capitalizar interesses muito particulares, enquanto a empresa toca o seu projeto sem grandes preocupações. Entretanto, mesmo com as reais dificuldades, o movimento continuará a sua trajetória no sentido de contribuir para que esta parcela da sociedade se insira na presente discussão. O empreendedor precisa responder os questionamentos sobre as comunicações falsas relacionadas aos programas socioambientais e o governo precisa responder os questionamentos sobre o abandono das funções que representam seu verdadeiro papel social. Continuaremos na luta para que as medidas compensatórias saiam do discurso e se transformem em realidade, afinal as obras do porto do Açu completarão quatro anos no final deste ano e os impactos positivos apresentados nos relatórios de impacto ambiental que servem de base para liberação dos projetos pelos órgãos ambientais, ainda não se materializaram.
Prof. Alcimar,
ResponderExcluirParabens pelo artigo, está muito bom. Mas, eu gostei muito de ver outra vez aquele restaurante onde almoçamos uma bela de uma tilápia. Foi um grande almoço! Abraços,
Prof. Abel Carrasquilla
Meu amigo Abel. Muito obrigado e quanto a tilápia, vamos marcar um novo encontro para apreciar um filé e degustar uma boa cachaça. Abraços, Alcimar
ResponderExcluir