Análise do emprego formal na região Norte Fluminense em agosto

O saldo de emprego formal na região Norte Fluminense cresceu 22,87% em agosto com relação a julho de 2013. Foram criadas 1.171 novas vagas no mês, contra 953 vagas em julho. Macaé e São João da Barra contribuíram para o resultado. Porém na comparação com agosto do ano passado, houve uma queda de 25,68% no saldo gerado em agosto deste ano. O saldo de emprego no período de janeiro a agosto de 2013 está concentrado em 59,09% em Campos do Goytacazes, 50,85% em Macaé e -19,13% em São João da Barra.

Na avaliação setorial, verificou-se que das 7.287 vagas de emprego criadas no período de janeiro a agosto deste ano na região, Campos dos Goytacazes contribuiu com a geração de 4.306 vagas. Estas foram distribuídas em 650 na indústria de transformação, 267 na construção civil, 1.130 nos serviços, 2.386 na agropecuária, enquanto que no comércio o saldo foi negativo em 264 vagas. Já Macaé contribuiu com a geração de 3.706 vagas no período, distribuídas em 4.731 vagas na construção civil, 908 vagas nos serviços, 11 vagas na agropecuária. A indústria de transformação destruiu 1.460 vagas e o comércio destruiu 908 vagas no mesmo período.
 
O município de São João da Barra apresentou um saldo negativo de 1.394 vagas no período. Destas, a construção civil destruiu 1.144 vagas, a indústria de transformação destruiu 196 vagas e o setor de serviços destruiu 60 vagas. O gráfico apresenta a trajetória do emprego formal no município nos meses de janeiro a agosto de 2013.


Duas questões são importantes na análise do emprego formal na região. Os municípios de Campos e Macaé que concentraram o emprego neste ano, apresentaram saldo negativo no setor de comércio. No caso de Campos dos Goytacazes, tem-se a situação do emprego sazonal do setor sucroalcooleiro, enquanto Macaé predominou a construção civil oriunda de investimentos exógenos. Neste caso fica evidente a fuga da riqueza gerada. No caso de São João da Barra, ocorreu uma situação inversa. Quando  o emprego geral era positivo, por conta da construção civil, o emprego no comércio era negativo. Agora, com a destruição de emprego na construção civil, o comércio voltou a apresentar saldo positivo. Verifica-se que existe um descolamento da movimentação econômica local dos investimentos exógenos, ou seja, a riqueza formada por esses investimentos não garante evolução doméstica. 

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