Contribuição à Discussão sobre o Processo de Desapropriação Rural em São João da Barra
A agricultura em São João da Barra é frágil economicamente, porém é representativa socialmente, em função do seu papel de subsistência e, fundamentalmente, por se tratar de uma atividade com perfil histórico. Os atuais produtores herdaram dos seus ancestrais além das terras, os saberes relacionados ao cultivo e ao modo de vida, próprio dessas comunidades. Isso quer dizer que é incoerente trocar essa atividade por outra, mesmo que, substancialmente, mais rica e competitiva como as unidades industriais que poderão ser implantadas nestas terras. Que venham os investimentos industriais, pois não podemos ignorar o progresso exógeno, porém cuidar dos estoques de recursos tangíveis e intangíveis localmente é dever do poder público, já que a formação de riqueza em consonância com a formação de miséria pode representar grandes riscos ao projeto de desenvolvimento local.
Essa reflexão deveria constar dos parâmetros que nortearam a decisão sobre o processo de desapropriação de diversas propriedades agrícolas, no quinto distrito de São João da Barra, para dar vida a um distrito industrial. É um caso típico de decisão pontual, sem a observação dos seus reflexos. Afora a questão ambiental tão discutida, outras questões são importantes, como: o futuro da atividade agrícola e das famílias envolvidas e o custo social da desapropriação, afinal os recursos destinados a aquisição deixarão de ser investidos em outras necessidades de ordem pública.
Entretanto, ainda existe tempo para evitar fortes traumas. A decisão de desapropriar pode ser associada a um projeto de organização produtiva nos moldes de rede de pequenas unidades agrícolas, planejada para integrar as atividades econômicas dos setores primário, secundário e terciário. A organização do setor nos moldes do agronegócio, apoiado pelas instituições governamentais e não governamentais e dotado de um processo de governança profissional, poderá inserir esses trabalhadores tradicionais no novo estágio de modernização tecnológica que está se delineando. Os produtos tradicionais, oriundos dessa atividade, que são consumidos diariamente no município, são importados de outras regiões. A presente estratégia teria como objetivo, substituir importações importantes para gerar trabalho e renda nessas localidades. Esse esforço conjunto seria responsável pela formação de um sistema produtivo de atividades tradicionais, orientadas por inovações e com contornos da necessária sustentabilidade. Só no contexto desse receituário poderemos inserir as atividades de base e seus trabalhadores nesse novo cenário que se inicia.
Essa reflexão deveria constar dos parâmetros que nortearam a decisão sobre o processo de desapropriação de diversas propriedades agrícolas, no quinto distrito de São João da Barra, para dar vida a um distrito industrial. É um caso típico de decisão pontual, sem a observação dos seus reflexos. Afora a questão ambiental tão discutida, outras questões são importantes, como: o futuro da atividade agrícola e das famílias envolvidas e o custo social da desapropriação, afinal os recursos destinados a aquisição deixarão de ser investidos em outras necessidades de ordem pública.
Entretanto, ainda existe tempo para evitar fortes traumas. A decisão de desapropriar pode ser associada a um projeto de organização produtiva nos moldes de rede de pequenas unidades agrícolas, planejada para integrar as atividades econômicas dos setores primário, secundário e terciário. A organização do setor nos moldes do agronegócio, apoiado pelas instituições governamentais e não governamentais e dotado de um processo de governança profissional, poderá inserir esses trabalhadores tradicionais no novo estágio de modernização tecnológica que está se delineando. Os produtos tradicionais, oriundos dessa atividade, que são consumidos diariamente no município, são importados de outras regiões. A presente estratégia teria como objetivo, substituir importações importantes para gerar trabalho e renda nessas localidades. Esse esforço conjunto seria responsável pela formação de um sistema produtivo de atividades tradicionais, orientadas por inovações e com contornos da necessária sustentabilidade. Só no contexto desse receituário poderemos inserir as atividades de base e seus trabalhadores nesse novo cenário que se inicia.
Prof. Alcimar:
ResponderExcluirMuito oportuna essa contribuição. Esse blog vem construindo aos poucos o "pensar" da região N Fluminense.
Se não se discute os aspectos expostos em sua postagem, depois ficaremos a lamentar e dizendo: "é o progresso!"
Portanto, q os gestores, as empresas privadas e a sociedade (o PPP) sejam conclamados a participarem dessa discussão como oportunidade de permitir a participação popular e ainda escolher o destino da sociedade local q não deve ser sacrificada. Afinal, o empreendimento é a 'menina dos olhos' dos políticos tradicionalmente megalomaníacos com obras, mas sem considerar o bem-estar da população e da sociedade local de nada adianta futuramente.
A sustentabilidade é o corte q norteia toda a discussão de desenvolvimento econômico no mundo.
Perfeito Angeline, a postura ditatorial do poder é bastante incômoda e não contribui para o bem estar da sociedade. A história tem mostrado os equivocos de projetos nada democraticos. Definitivamente quem sabe o que é bom para o povo é o próprio povo e não políticos em seus escritórios. Uma outra questão é essencial necessidade de profissionalização da esfera pública. Não é possivel gerenciar um municipio sem técnicos qualificados.
ResponderExcluirAbraços, Alcimar
"Não é possivel gerenciar um municipio sem técnicos qualificados."
ResponderExcluirExatamente professor, há alguns anos a gestão pública, independente do tamanho do município, deixou de ser uma grande fazenda, onde o fazendeiro ditava as ordens.
Parabéns por seu excelente trabalho em prol da região.
É verdade Angeline, porém a gestão pública dos menores municípios continua gerenciada por elementos que não detém qualificações compatíveis com as funções que exercem. O critério é pertencer a estrutura partidária de detém o poder. Essa pratica tem gerado resultados devastadores, comprovados pelo uso inadequado dos recursos orçamentários e pelo aprofundamento da pobreza nesses municípios.
ResponderExcluirTERRORISMO: Eu descrevo o que esta acontecendo com todos nos como um ato de terror, estas pessoas conseguiram acabar com um ano inteiro de produção tanto dos agricultores como dos pecuaristas, porque ninguém teve a confiança de investir em suas terras com reformas de cercas, lavragem do solo e renovação de seus rebanhos, pois nunca nos deram nenhuma informação correta de que área eles se utilizariam realmente, e estes produtores não saberiam ao certo quando eles seriam expulsos, de uma forma em que eu a descrevo como um despejo, sendo estas pessoas despejadas de suas próprias terras ou de suas casas, nos mantendo debaixo de uma verdadeira guerra de nervos que ocasionou em muitos de nossos produtores problemas neurológicos que na maioria deles serão irreversíveis, devido eles estarem usando uma politicagem da qual tanto os nossos políticos e a nossa população não estavam acostumados, e muitos nem conheciam, politicagem esta usadas por eles que tem o seguinte objetivo, eles tentam fazer-nos perder a calma tirando-nos o nosso centro de equilíbrio fazendo assim sem maiores esforços que haja uma implosão de nossos núcleos comunitários sem que eles precisem fazer nada para isto, pois e isto mesmo, devido eles não fazerem nada e sempre nos ignorar, nos causa muita frustração e muita ansiedade o que por sua vês, muitos de nos começaríamos nos voltar uns contra os outros metralhando-nos moralmente uns aos outros criando as nossas inimizades e assim causar a nossa divisão dando a eles de mãos beijadas a vitoria sobre a nossa população. Esta e outras estratégias usadas por eles, foram estratégias usadas na tão conhecida e já extinta guerra, que foi chamada de guerra fria, que foi esta entre a Rússia e outros países destacando-se entre eles o E. S. U, técnicas estas principalmente usadas por terroristas do mundo todo em nossa atualidade. Marcos Tristão.
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