Redução da conta de energia ou manobra contábil?


A presidente Dilma confirma promessa de reduzir a conta de luz no País. O desconto para as residências será de 18% e a indústria será beneficiada em até 32%. Na verdade, por traz dessa decisão existem manobras contábeis importantes. O governo leia a própria sociedade, terá um gasto por conta da redução da conta de luz de R$ 8,46 bilhões ano. É importante observar que o governo não cria riqueza e sim o setor privado, neste caso alguém terá que pagar. 

Outra questão, não muito bem esclarecida, é a mudança rápida de uma situação difícil, classificada de "apagão da energia", para uma condição de aumento da oferta com reflexos na redução da tarifa. Como é possível? Teoricamente, a implementação de novos projetos para aumento da oferta energética depende de um período longo de tempo. Um outro problema está relacionado a integração público - privado, onde decisões como essas podem comprometer novos investimentos.

Comentários

  1. Os impostos absurdos sobre as contas de energia o governo não corta, mas dizer que vai cortar 18 % eles dizem. Porque eles não informaram que a Light no rio aumentou a tarifa no final do ano passado em 12% e agora vai reduzir em 18%, então na realidade a redução será de 6 %. A Ampla em março terá as tarifas reajustadas, vamos ver em quanto, sendo assim a redução será insignificante, ressaltado que no Brasil pagamos uma das contas mais caras do mundo. Hoje é quase viável, em uma região como a nossa, comprar um gerador eólico, economizaríamos bastante! Pra mim esse anúncio de redução é mais marketing político!
    Outro detalhe, que acho interessante, pegue a inflação dos últimos 12 anos e compare com o aumento na tarifa de energia nesse período, irá tomar um susto.

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  2. Denis, nas ciências econômicas e contábeis não existem mágicas. Cobriu um santo, descobre outro. Ou melhor, o cobertor é sempre curto: se precisar cubrir a cabeça, vai descobrir os pés. É isso qua vai contecer, temos um problema de oferta e o governo quer fazer política reduzindo o preço e cobrindo esse déficit com recursos do Tesouro que, em última instancia, é a própria sociedade. O correto é que o preço recue em função do aumento na oferta e, consecutivamente, na redução no custo de produção. No caso atual estamos trocando seis por meia dúzia.

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