Aumento de impostos e de energia assusta
Aumento de impostos e de energia assusta
Publicado em 20/01/2015
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O ano de 2015 não será fácil para o consumidor brasileiro e as mudanças já começam a partir de 1º de fevereiro, quando a tributação sobre a gasolina sofrerá reajuste de R$ 0,22 e do diesel, R$ 0,15, conforme anúncio feito pelo governo na última segunda-feira. As projeções do mercado são de que a gasolina nos postos de combustíveis pode ficar cerca de 7% mais cara, o que deverá tornar o etanol mais atrativo para o consumidor. Além dos combustíveis, o governo anunciou aumento de outros tributos para ajudar a reequilibrar a economia e facilitar a retomada do crescimento. A energia elétrica também deverá ser reajustada.
O aumento na tributação sobre a gasolina e o diesel acontecerá via PIS/Cofins e foi bem vista pela União da Indústria de Cana de Açúcar, já que tornará a safra mais alcooleira, em detrimento da produção de açúcar. Na temporada 2014/15, 56,8% da cana processada foi usada para a produção de etanol, sendo que na temporada anterior, o índice havia sido de 54,7%. A Petrobras, por sua vez, já informou que o aumento de tributos será repassado integralmente aos clientes das refinarias.
Além dos combustíveis, o governo anunciou também aumento na alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) - de 1,5% para 3% - que incide sobre todas as operações de crédito, incluindo financiamento imobiliário e empréstimo pessoal, e no caso das importações, o PIS e a Cofins foram elevados de 9,25% para 11,75%.
O impacto direto será uma retração do consumo, que pesará diretamente no bolso do consumidor e não dará margem para uma redução dos juros no mercado. No entanto, outras medidas ainda deverão ser anunciadas pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, como ajustes nas contas do setor público e corte de gastos.
Energia - O economista Alcimar Chagas atenta para outro reajuste que deverá ser repassado ao consumidor: a energia elétrica. "Em função do desconto de 20% que o governo concedeu em 2012 e com o aumento significativo no custo de geração de energia, o governo não vai mais arcar com os subsídios do setor e a opção será reajustar as taxas. Estudos mostram que o aumento na energia elétrica deve ficar entre 30 e 40%, que mais uma vez será repassado ao consumidor", afirma.
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