Um panorama sobre o emprego formal na região Norte Fluminense em 2014

O saldo de emprego no país sofreu uma forte desaceleração em 2014, gerando um resultado consolidado 79% menor do que o saldo gerado em 2013. A atividade de serviços apresentou a maior contribuição, enquanto foi verificado um desmonte das atividades de construção civil e indústria de transformação.

No Estado do Rio de Janeiro a desaceleração ocorreu em uma velocidade menor. A retração do saldo gerado de emprego em 2014 foi de 45,4% em relação a 2013. No estado também predominou o setor de serviços com a geração de 35.747 empregos, enquanto nos resultados negativos, sobressaíram os setores de construção civil com a eliminação de 4.162 empregos e a indústria de transformação com a eliminação de 3.765 vagas no mesmo ano. No estado, as ocupações com maiores saldos foram as de faxineiro, serventes de obras, técnico de enfermagem, auxiliar de escritório e recepcionista. O salário médio de R$1.412,87 no setor de serviços, o mais representativo, indica a fragilidade de uma economia baseada em atividades de baixo valor agregado e baixos salários.

Olhando a região Norte Fluminense, através dos principais municípios, em termos de recepção de investimentos, o quadro parece não mudar. Campos dos Goytacazes gerou um saldo de 353 novos empregos no ano, representando somente 1% do saldo do estado. Os setores de comércio com 262 novas vagas e a agropecuária com 163 vagas, foram os que mais contribuíram, enquanto que o setor de construção civil foi responsável pela eliminação de 82 vagas de emprego no ano. O salário médio no comércio foi de R$989,99 repetindo a indicação já  feita para o estado do Rio de janeiro.

No município sede da estrutura empresarial do setor de petróleo, a situação ainda é pior. O município do petróleo eliminou 165 empregos no ano, com destaque negativo para os setores extrativa mineral com a eliminação de 633 vagas e construção civil com a eliminação de 195 vagas de emprego. Entre os setores que contribuíram positivamente na geração de empregos, destaque para o setor de comércio com 218 vagas, para o setor de serviços com 169 vagas e para a industria de transformação com 162 vagas.


Em São João da Barra, sede do porto do Açu, foram eliminadas 378 vagas de emprego, onde a construção civil liderou com a eliminação de 720 empregos. A contribuição positiva veio dos setor de industria de transformação que gerou 287 vagas com salário médio de R$1.740,55 no ano. Importante observar que apesar do registro de maior salário médio entre os setores principais, o mesmo não é capaz de irrigar a econômica local, já que foge para outras regiões. O quadro ratifica  o nosso alerta sobre a necessidade de mudanças na orientação da economia regional. 

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