Refletindo sobre o processo de criação de empresas no estado do Rio de Janeiro

 


Levantamento de William Passos sobre o processo de abertura de empresas no estado do Rio de Janeiro em 2023, pela comemoração do dia nacional da Micro e Pequena Empresa, permite observações importantes. A tabela apresenta o número de abertura nas diferentes modalidades no estado.



Estas empresas, segundo as estatísticas do CAGED, do Ministério do Trabalho e do Emprego, são responsáveis por cerca de 70% dos empregos com carteira assinada gerados no Brasil, embora a grande maioria detenha até 5 colaboradores.

No presente levantamento pode-se observar uma grande concentração de constituição de empresas na capital, onde foram registadas 28.437 unidades, seguido por Niterói com 3.657, Duque de Caxias com 2.092, São Gonçalo com 1.817, Nova Iguaçu com 1.578 e Campos dos Goytacazes com a criação de 1.265 empresas, se classificando em sexto lugar no ranking.

 Uma observação é que a estatística de constituição absoluta de novos negócios, apesar de importante, pode não gerar os reflexos esperados. Uma situação que devemos considerar é que muitos negócios surgem na esteira da fragilidade do emprego formal.

Muitos indivíduos empreendem por necessidade, dado o desemprego momentâneo, e outros que já desistiram de procurar emprego. Esta modalidade de empreender por necessidade tem um histórico de vida curta pelas fragilidades competitivas do próprio negócio.

Contrariamente, o empreendedorismo com maior garantia de sucesso e resultados para a sociedade é o empreendedorismo por oportunidade. Este normalmente está baseado no conhecimento científico e tem características inovativas. Me parece que tem prevalecido o empreendedorismo por necessidade, o que é um problema.

 

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