A MAIOR INVENÇÃO DA HUMANIDADE
Análise do economista Ranulfo Vidigal
As cidades atraem um número cada vez maior de moradores. Em 1900, apenas 15 cidades possuíam mais de hum milhão de habitantes, hoje são mais de 400. Nos núcleos urbanos convivemos com trânsito congestionado e filas nos cinemas e supermercados. Com tantos problemas que geram, as cidades são também o melhor lugar para se encontrar as soluções.
As cidades atraem um número cada vez maior de moradores. Em 1900, apenas 15 cidades possuíam mais de hum milhão de habitantes, hoje são mais de 400. Nos núcleos urbanos convivemos com trânsito congestionado e filas nos cinemas e supermercados. Com tantos problemas que geram, as cidades são também o melhor lugar para se encontrar as soluções.
Mas,
o que leva tanta gente optar por se instalar nas cidades, dado que mais da
metade da população opta por viver atualmente em zonas urbanas. A resposta a está indagação está na
oportunidade de estudar e se qualificar, conhecer outras pessoas, fazer
negócios, conseguir um emprego e interagir culturalmente. Aliás, este ambiente
torna as cidades um local propício para a inovação e a criação de conhecimento.
Historicamente, a maior parte dos grandes inventos surgiu e proliferou nas
cidades.
A
cidade de Campos tem como seu maior ativo intangível suas universidades que
cuidam de 25 mil alunos, bem como seu parque de pesquisas, que no futuro muito
breve estará interligado na rede de fibra ótima pública permitindo a criação de
uma grande biblioteca virtual, com livros, teses, dissertações e monografias
dos diversos cursos existentes em nossa cidade.
Quando
olhamos as megatendências para o mundo, nas décadas futuras, constatamos que o
processo de urbanização deve se acelerar e aumentar o peso das médias cidades
na geração de bens, serviços e conhecimento qualificado. Por outro lado, com a
expansão do processo de mundialização do capital, as cidades cada vez mais
competem entre si para atrair as melhores empresas e os melhores cérebros. Este
contexto coloca enormes pressões por investimentos públicos em saneamento,
educação, transportes, segurança e gestão de resíduos sólidos.
O
adensamento demográfico é uma forma inteligente de amenizar as deficiências de
infraestrutura urbana. O reaproveitamento dos centros históricos é outra característica
desta tendência permitindo aos moradores, por exemplo, uma menor perda de tempo
nos deslocamentos entre suas moradias e o local de trabalho.
Em
síntese, investir em infraestrutura como vem fazendo o poder público em Campos
é crucial, bem como é muito importante criar centros de excelência em educação
e treinamento, afinal o que faz a grande diferença é a produtividade sistêmica
de uma sociedade e o sucesso de qualquer localidade é decorrência da qualidade
das pessoas que moram nela.
Ranulfo Vidigal – economista, mestre e doutorando em
políticas públicas, estratégias e desenvolvimento pelo Instituto de Economia da
UFRJ.
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