Equívocos do crescimento econômico: a luz sobre São João da Barra
Visando um melhor entendimento sobre como se comporta o município de São joão da Barra, a luz do processo de fortes mudanças provocadas pelos investimentos privados no Porto do Açu e das robustas trasnferências de royalties e participações especiais, oriundas da produção de petróleo, centramos o nosso esforço de análise no setor financeiro. A tabela apresenta os saldos de depósito a vista do setor privado e depósitos a prazo no período de 2005 a 2012. As hipóteses nesse caso, seriam de reflexos substantivos nas contas de depósito a vista do setor privado, aumento do crédito e, consequentemente, uma maior dinãmica do setor econômico local.
O gráfico dá uma melhor idéia sobre essa trajetória, onde verifica-se crescimento dos depósitos a vista do setor privado, até com certa compatibilidade com a oferta de crédito, porém o crescimento dos depósitos a prazo (aplicações financeiras), evolui de forma incompatível com o ingresso dos depósitos privados.
Segundo o economista carioca Claudio marouvo, ocorre uma dissociação dos depósitos a prazo a partir de 2009, sendo necessário a verificação da existência de outra origem de recursos e a sua característica concentradora ou não.
Realmente, uma outra fonte importante são as receitas de royalties que originam substanciais gastos públicos e podem estar alimentando as operações de depósito a prazo. Observa-se um crescimento dessa receita da ordem de 226,67% em 2008, com base em 2007, e a manutenção nesse novo patamar com menores taxas de crescimento até 2012. Neste caso, observa-se que a renda é extremamente concentradora e não gera externalidades positivas para a população local. A ausência de crescimento no Valor Adicionado Fiscal, o encolhimento das ativides agrícola e pesqueira, a debilidade do comércio na geração de emprego, mostrando com isso, a fraqueza da atividade de turismo, representam indicadores que corroboram com a tese de que a gestão equivocada do orçamento público têm concentrado riqueza e os investimentos privados não tem contribuído para dinamizar a economia local.
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