O dinamismo da economia campista
Análise do economista Ranulfo Vidigal
Na última segunda feira,
atendi ao honrado convite da Câmara de Vereadores da nossa cidade para discutir
com a sociedade organizada, os gargalos que precisam ser superados no sentido
de que tenhamos um desenvolvimento com sustentabilidade econômica, social e
ambiental. O mundo vive algumas
tendências inegáveis como: acelerada urbanização, demanda crescente por energia,
crescimento da classe média, envelhecimento relativo da população e crescente
importância da educação continuada e da inovação tecnológica.
Alias, na mais importante
economia do mundo, os Estados Unidos da America, a grande discussão atual gira
em torno da capacitação da força de trabalho para o novo ciclo expansivo
capitalista que se desenha no horizonte. Neste ambiente, as demandas mais
importantes para o Brasil são: discutir sua inserção na divisão internacional
do trabalho e incrementar o investimento em P & D(Pesquisa e Desenvolvimento).
Na palestra, com base em
estatísticas do IBGE afirmei que a nossa cidade vive um ciclo expansivo na sua
economia, comprovado pela recuperação da participação relativa na geração de
valor adicionado - “riqueza” registrada pela arrecadação do imposto sobre
circulação de mercadorias e serviços (ICMS). Por outro lado, destaquei a
pesquisa da Fundação Getulio Vargas de São Paulo relativa ao índice de
desenvolvimento municipal (ISDM,) que coloca Campos no mesmo nível de qualidade
de vida de cidades como Uberlândia e Uberaba no triangulo mineiro, Santos e Ribeirão
Preto no interior paulista, Joinvile em Santa Catarina, Londrina no Paraná e
Juiz de Fora no interior mineiro.
Entretanto, o crescimento do
município não pode nem deve estar pautado somente no investimento publico
municipal, como ocorre na atualidade, pois estamos diante dos recursos finitos
da indenização da produção petrolífera em nossa bacia, como fonte de
financiamento e, assim sendo, temos que enfrentar nossas dificuldades relacionadas
à baixa produtividade de nossas terras, bem como a concentração do capital
econômico e da renda salarial.
Diante das mudanças recentes
da economia brasileira, tais como expansão do consumo de massas e dos
investimentos em recursos naturais e infraestrutura nossa missão é aumentar a
produtividade da mão de obra local, superar os pontos de estrangulamento e
aproveitar o atual ciclo expansivo da economia de nossa cidade para reduzir a
taxa de desemprego estrutural para um nível aceitável internacionalmente
conjugando crescimento com qualidade de vida.
Ranulfo
Vidigal, mestre e doutorando em políticas publicas estratégias e
desenvolvimento pelo Instituto de Economia da UFRJ.
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