Entendendo o subdesenvolvimento através do comportamento social
Pensar em desenvolvimento socioeconômico como
acesso as necessidades essenciais (saúde, educação, trabalho, segurança, renda,
etc.), é entender o papel institucional
e a sua eficiência operacional. Neste caso, o processo de governança induzido
pelas forças políticas é fundamental, exigindo, portanto, um comportamento
adequado das liderança políticas e sociais.
Esta é a questão central e indicadora da distância
que se encontra, especialmente, as
regiões Norte e Noroeste Fluminense de um ambiente qualificado para o
desenvolvimento. Guardada algumas situações muito especiais, o traço comportamental
das lideranças dessas regiões, inversamente, são favoráveis ao avanço do
subdesenvolvimento. O que chamamos de "prepotência
do poder" parece estar muito acentuada nas diferentes lideranças, ou
seja: resistência para ouvir, auto defesa, super avaliação de suas ações, exagerada
valorização corporativa, etc. Esse contexto institucional, dificilmente
avançará para um quadro de desenvolvimento, segundo o conceito indicado.
E por que tal fato ocorre? Dentre outras
explicações que devem existir, arrisco a reflexão sobre as seguinte questões: "As instituições moldam a política"
e "As instituições são moldadas pela história". Ora, se
considerarmos instituições como hábitos, normas, procedimentos ou outros
mecanismos sociais de controle da sociedade, temos que o comportamento dos
atores sociais se ajustam as instituições vigentes. Se estas instituições não
são refletidas na cultura e na história local, precisamente, fundamentos como:
senso de pertencimento, ética, valorização da ação coletiva, confiança,
reciprocidade, etc., não estarão presentes no padrão esperado nesses locais.
É com base nessa percepção que apresento esta
visão tão pessimista sobre o futuro regional. Existe um processo de "dormência" social, onde não
se observa nenhum tipo de reação pró ativa, a não ser a busca da maximização
dos interesses pessoais em detrimento do coletivo.
Definitivamente, os
indivíduos se acomodam as orientações de instituições frágeis e cheias de
contradições que são perversas ao maior objetivo da sociedade que é o
atendimento das demandas essências de sobrevivência do indivíduo.
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