Esse projeto visa apoiar, através de análises econômicas conjunturais, o processo de gestão das organizações governamentais e não governamentais oriundas dos municípios que compõem a região norte fluminense.
Cocô de porco gera energia
Gerar link
Facebook
X
Pinterest
E-mail
Outros aplicativos
Tecnologia desenvolvida na Uenf pode ampliar suinocultura no estado e criar empregos
EDUARDO FERREIRA
Rio - Além de fornecer uma carne saborosa, o porco agora pode ser aliado na criação de energia. Por incrível que pareça, as fezes do animal têm esse “poder”. Esta foi a descoberta de pesquisadores da Uenf (Universidade Estadual do Norte Fluminense), que promete melhorar a vida dos produtores rurais da região. Um biodigestor foi criado para gerar energia elétrica a partir da degradação de dejetos suínos. Ontem, o equipamento, com 300 metros cúbicos, foi inaugurado em Campos dos Goytacazes, no assentamento Josué de Castro, em Seis Marias, no distrito de Morro do Coco.
“O projeto busca a sustentabilidade energética e vai gerar emprego e renda na comunidade, além de trazer uma melhoria de vida muito grande para as famílias assentadas, através de inserção nas atividades ligadas ao agronegócio, transformando terras improdutivas em produtivas”, afirmou o coordenador do projeto, professor Paulo Nagipe, do Laboratório de Ciências Químicas.
Área onde foi montado o biodigestor, em Campos: estrutura tem capacidade para receber dejetos de 750 suínos
Foto: Divulgação
De acordo com Nagipe, o projeto pode ser considerado uma espécie de “reforma agrária”. A intenção é expandir a iniciativa para outras cidades. “Neste primeiro momento, a tecnologia será levada para outros assentamentos, mas a ideia é levar para todos os produtores. As terras dessa região estão devastadas por causa da monocultura e pelo manejo inadequado de exploração de cana-de-açúcar por mais de 300 anos”, destacou.
Segundo ele, o biofertilizante é um produto natural, sem agrotóxico. Seu uso serve para a correção do solo e combate às pragas e permite aumentar em quatro vezes a produção de milho, aipim e soja, que passa de 10 toneladas por hectare para 40. O professor ressaltou ainda que a intenção é negociar com a Ampla (concessionária de energia elétrica) para fazer um convênio e ajudar os assentados. “Fizemos uma apresentação do projeto para tentar trazer parceiros e ajudar as regiões menos favorecidas”, conta.
A principal finalidade do biogás é a geração de energia para consumo interno, mas a produção também pode ser destinada à criação de novas tecnologias para uso rural,além da utilização em máquinas agrícolas adaptadas como picadeiras, bombas de água e misturadores e também no envasamento em botijão para uso domiciliar. Ao custo de R$ 1,2 milhão, o biodigestor foi financiado pela empresa Queiroz Galvão, com apoio da Jordão Engenharia, e conta com aprovação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Nagipe destacou que para seguir em frente é essencial a procura de parceiros para investir na suinocultura.
“Pretendemos também agregar valor à carne de porco e montar um abatedouro em Bom Jesus de Itabapoana, no Noroeste Fluminense. É essencial essa ampliação da produção de carne suína, já que ela é muito mais saudável do que a bovina”, frisou.
O próximo passo é capacitar os produtores para que aprendam como podem melhorar sua atividade rural. “Nesse primeiro momento temos 150 suínos, mas o projeto é para 750. Temos que ensinar os produtores e os assentados e mostrar o manejo para que não haja uma perda na produção. Acredito que esse vai ser o primeiro de vários outros projetos”, concluiu.
O número de produtores de suinocultura no Estado do Rio é de 374, com uma produção anual de aproximadamente 3 mil toneladas. Em Campos, são produzidas 60 toleladas por ano, mas o município que mais produz é Petrópolis, na Região Serrana, com mais de mil toneladas anuais, segundo recente estudo da Emater-Rio, empresa de extensão rural do estado.
O acompanhamento da evolução do ensino, sobretudo, o fundamental é crucial para apoiar a formação de politicas públicas voltadas para o desenvolvimento educacional. Os gestores municipais precisam estar atentos a este processo, até porque, em ambientes com predominância de desigualdade social, como nos espaços periféricos, me parece não ter outra saída. Entretanto nos principais municípios da região Norte Fluminense (Campos, Macaé e São João da Barra), beneficiários de rendas petrolíferas, além de tributos relativos ao porto do Açu, no caso de São João da Barra, esta preocupação parece não ter a devida prioridade. O índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), que mede o desempenho escolar, coloca esses munícipios em condição dramática. Uma primeira observação é de que as notas de avaliação dos anos finais do ensino fundamental diminuem, quando comparadas as notas dos anos iniciais. Uma segunda observação é que este mesmo grupo está em preparação para ingressar no ensin...
A região Norte Fluminense gerou 955 novas vagas de emprego formal em agosto, com crescimento de 29,4% em relação ao mês anterior. Macaé liderou o processo com a criação de1.010 vagas, seguido por Campos dos Goytacazes com geração de 246 vagas no mês. O destaque negativo ficou com São João da Barra que liquidou 313 vagas no mesmo mês. No acumulado de janeiro a agosto, a região gerou 9.755 vagas concentradas em 54,54% em Macaé e 48,08% em Campos dos Goytacazes. Setorialmente, considerando os principais municípios da região, foram geradas 5.736 vagas no setor de serviços, 2.486 vagas na indústria de transformação, 1.413 vagas na agropecuária e 438 vagas no comércio. O setor de construção civil eliminou 576 vagas no acumulado do ano. O estado do Rio de Janeiro gerou 119.794 no período de janeiro a agosto, enquanto o país gerou 1.726.489 vagas no acumulado do ano.
A região Norte Fluminense gerou 1.352 novas vagas de emprego em setembro com crescimento de 41,57% em relação ao mês anterior. Macaé foi responsável pela criação de 1.448 vagas e Campos dos Goytacazes responsável pela criação de 178 vagas de emprego no mês. São Francisco de Itabapoana eliminou 209 vagas em função do fim da safra de cana-de açúcar e São João da Barra eliminou 96 vagas em função da desaceleração da construção civil no porto do Açu. No acumulado de janeiro a setembro deste ano, a região gerou um saldo de 11.040 empregos com destaque para Macaé, responsável pela geração de 6.762 novas vagas e Campos dos Goytacazes com geração de 4.844 vagas de emprego no período. O destaque negativo vai para São João da Barra que eliminou 1.538 empregos no mesmo período. Setorialmente, considerando os principais munícipios geradores de emprego na região (Campos, Macaé, são João da Barra e São Francisco de Itabapoana), as atividades de serviços lideraram com a geração de 6.321 emprego...
Comentários
Postar um comentário