Cocô de porco gera energia
Tecnologia desenvolvida na Uenf pode ampliar suinocultura no estado e criar empregos
Rio - Além de fornecer uma carne saborosa, o porco agora pode ser aliado na criação de energia. Por incrível que pareça, as fezes do animal têm esse “poder”. Esta foi a descoberta de pesquisadores da Uenf (Universidade Estadual do Norte Fluminense), que promete melhorar a vida dos produtores rurais da região. Um biodigestor foi criado para gerar energia elétrica a partir da degradação de dejetos suínos. Ontem, o equipamento, com 300 metros cúbicos, foi inaugurado em Campos dos Goytacazes, no assentamento Josué de Castro, em Seis Marias, no distrito de Morro do Coco.
“O projeto busca a sustentabilidade energética e vai gerar emprego e renda na comunidade, além de trazer uma melhoria de vida muito grande para as famílias assentadas, através de inserção nas atividades ligadas ao agronegócio, transformando terras improdutivas em produtivas”, afirmou o coordenador do projeto, professor Paulo Nagipe, do Laboratório de Ciências Químicas.
A principal finalidade do biogás é a geração de energia para consumo interno, mas a produção também pode ser destinada à criação de novas tecnologias para uso rural,além da utilização em máquinas agrícolas adaptadas como picadeiras, bombas de água e misturadores e também no envasamento em botijão para uso domiciliar. Ao custo de R$ 1,2 milhão, o biodigestor foi financiado pela empresa Queiroz Galvão, com apoio da Jordão Engenharia, e conta com aprovação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Nagipe destacou que para seguir em frente é essencial a procura de parceiros para investir na suinocultura.
“Pretendemos também agregar valor à carne de porco e montar um abatedouro em Bom Jesus de Itabapoana, no Noroeste Fluminense. É essencial essa ampliação da produção de carne suína, já que ela é muito mais saudável do que a bovina”, frisou.
O próximo passo é capacitar os produtores para que aprendam como podem melhorar sua atividade rural. “Nesse primeiro momento temos 150 suínos, mas o projeto é para 750. Temos que ensinar os produtores e os assentados e mostrar o manejo para que não haja uma perda na produção. Acredito que esse vai ser o primeiro de vários outros projetos”, concluiu.
O número de produtores de suinocultura no Estado do Rio é de 374, com uma produção anual de aproximadamente 3 mil toneladas. Em Campos, são produzidas 60 toleladas por ano, mas o município que mais produz é Petrópolis, na Região Serrana, com mais de mil toneladas anuais, segundo recente estudo da Emater-Rio, empresa de extensão rural do estado.
“O projeto busca a sustentabilidade energética e vai gerar emprego e renda na comunidade, além de trazer uma melhoria de vida muito grande para as famílias assentadas, através de inserção nas atividades ligadas ao agronegócio, transformando terras improdutivas em produtivas”, afirmou o coordenador do projeto, professor Paulo Nagipe, do Laboratório de Ciências Químicas.
De acordo com Nagipe, o projeto pode ser considerado uma espécie de “reforma agrária”. A intenção é expandir a iniciativa para outras cidades. “Neste primeiro momento, a tecnologia será levada para outros assentamentos, mas a ideia é levar para todos os produtores. As terras dessa região estão devastadas por causa da monocultura e pelo manejo inadequado de exploração de cana-de-açúcar por mais de 300 anos”, destacou.
Segundo ele, o biofertilizante é um produto natural, sem agrotóxico. Seu uso serve para a correção do solo e combate às pragas e permite aumentar em quatro vezes a produção de milho, aipim e soja, que passa de 10 toneladas por hectare para 40. O professor ressaltou ainda que a intenção é negociar com a Ampla (concessionária de energia elétrica) para fazer um convênio e ajudar os assentados. “Fizemos uma apresentação do projeto para tentar trazer parceiros e ajudar as regiões menos favorecidas”, conta.A principal finalidade do biogás é a geração de energia para consumo interno, mas a produção também pode ser destinada à criação de novas tecnologias para uso rural,além da utilização em máquinas agrícolas adaptadas como picadeiras, bombas de água e misturadores e também no envasamento em botijão para uso domiciliar. Ao custo de R$ 1,2 milhão, o biodigestor foi financiado pela empresa Queiroz Galvão, com apoio da Jordão Engenharia, e conta com aprovação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Nagipe destacou que para seguir em frente é essencial a procura de parceiros para investir na suinocultura.
“Pretendemos também agregar valor à carne de porco e montar um abatedouro em Bom Jesus de Itabapoana, no Noroeste Fluminense. É essencial essa ampliação da produção de carne suína, já que ela é muito mais saudável do que a bovina”, frisou.
O próximo passo é capacitar os produtores para que aprendam como podem melhorar sua atividade rural. “Nesse primeiro momento temos 150 suínos, mas o projeto é para 750. Temos que ensinar os produtores e os assentados e mostrar o manejo para que não haja uma perda na produção. Acredito que esse vai ser o primeiro de vários outros projetos”, concluiu.
O número de produtores de suinocultura no Estado do Rio é de 374, com uma produção anual de aproximadamente 3 mil toneladas. Em Campos, são produzidas 60 toleladas por ano, mas o município que mais produz é Petrópolis, na Região Serrana, com mais de mil toneladas anuais, segundo recente estudo da Emater-Rio, empresa de extensão rural do estado.
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