Uma bela experiência sobre aproveitamento dos recursos locais

13/12/2014 07h08 - Atualizado em 13/12/2014 07h08


Iniciativa do chef Alex Atala valoriza o produto e os produtores nacionais

Instituto Atá tem como objetivo transformar a cultura local de quem produz

http://redeglobo.globo.com/como-sera/noticia/2014/12/iniciativa-do-chef-alex-atala-valoriza-o-produto-e-os-produtores-nacionais.html
Instituto Atá: como será? (Foto: Reprodução de TV)O Instituto Atá é espécie de intermediário entre a cozinha do chef Alex Atala e os pequenos produtores rurais espalhados pelo país. Tem como objetivo desenvolver a produção e o local (Foto: Reprodução)
O arroz e o feijão são duas paixões do brasileiro. E paixão, também, de um dos maiores chefs da alta gastronomia do país: Alex Atala.
– O arroz e o feijão têm um lugar especial na minha via. Não só pelo lado afetivo, mas pela briga, por essa busca do ingrediente brasileiro, do sabor brasileiro, a característica, a cultura que a cozinha externa.
Depois de anos na Europa, Alex se deu conta de que, quem viaja para um país quer provar sua comida. Assim, o chef voltou para o Brasil e foi à procura de ingredientes legitimamente nacionais para usar em seu restaurante.
Para isso, buscou pequenos produtores. Essas relações acabaram transformando não só a cozinha do chef, mas também a vida desses fazendeiros.
– Esta conexão acabou criando outras ondas culturais, econômicas e sociais – conta Atala.
Alex e outros profissionais de diferentes áreas, criaram o Instituto Atá capaz de valorizar os ingredientes brasileiros, a cultura local e os pequenos produtores.
Um dos principais exemplos de como funciona o trabalho do Instituto Atá é o arroz preto, produzido em Guaratinguetá, no Vale do Paraíba, a 180 quilômetros de São Paulo.
A região é conhecida pela produção do agulhinha, famoso nas mesas brasileiras. Mas esses produtores estavam com dificuldade de escoar esse tipo de arroz. Como alternativa, passaram a plantar o arroz preto. Apesar do risco, a ousadia deu muito certo. Tão certo que começou a desenvolver outros tipos do grão. Hoje, são 10 opções e uma produção de 60 toneladas.
José Francisco Ruzene foi o pioneiro e começou a plantar o arroz preto em 2005. Para vender, acabou batendo na porta de Alex Atala. Hoje em dia, a parceria, frutífera, rende outros negócios. Bons para os dois lados.
– O Chicão mudou a vida dele. Nós conseguimos colocar dois arrozes no mercado, mas acho que tem um goal ainda maior e que vou reputar para o Instituto, que é transformar a cultura local. Mostrar que o pequeno produtor rural, produzindo qualidade é e será bem-sucedido.
O Instituto Atá também trabalha com a pimenta dos índios Baniwa, da Amazônia, a baunilha do Cerrado, o mel de Jataí, a maçã do coco e as algas do Sul do país.

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