A GERAÇÃO DE RIQUEZAS
O economista Ranulfo Vidigal em sua reflexão sobre desenvolvimento econômico
"A riqueza de uma nação ou região é sempre decorrência
do aprimoramento das forças produtivas do trabalho, bem como da habilidade,
destreza, frugalidade e bom senso com que o trabalho é executado na busca de
uma maior produtividade, na visão de um dos primeiros pensadores da economia,
Adam Smith, no século dezoito. Nascia aí a idéia de excedente, oriundo do
trabalho produtivo corporificado no valor das mercadorias produzidas pelas
indústrias das cidades de modo a superar o custo necessário para produzi-las,
através divisão das tarefas e da busca da eficiência.
Um outro autor importante, Davis Landes buscou
identificar os fatores não-econômicos que explicam o desenvolvimento das nações
mais prósperas. E cita em sua obra, o papel de fatores como recursos naturais,
nível de escolaridade da força de trabalho, geografia, clima, religião, ensino
e cultura em seu sentido mais amplo, como itens que explicam as diferenças de
rendas individuais, regionais e entre nações. Para o autor, os valores a as atitudes
vigentes em uma sociedade, como liberdade individual, curiosidade,
criatividade, além da vontade individual de buscar a acumulação são fatores
determinantes na capacidade de consolidação de processos de desenvolvimento.
O desenvolvimento é uma transformação da estrutura
produtiva e das capacidades para suportá-lo, e requer a aplicação dos avanços
tecnológicos e habilidades organizacionais que permitam atingir uma maior
produtividade sistêmica da sociedade. É um esforço coletivo sistemático e necessita
de uma estrutura política, institucional e cultural, que assegure
sustentabilidade econômica, social e ambiental".
Ranulfo Vidigal – economista, mestre e doutorando em
políticas públicas, estratégias e desenvolvimento pelo Instituto de Economia da
UFRJ.
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