Presidência do Incra vai analisar projeto da UENF

A superintendência do Incra-RJ irá apresentar à presidência do órgão o projeto piloto desenvolvido pela UENF de estruturação econômica de assentamentos rurais, com base em modelo já em execução no assentamento Josué de Castro, em Morro do Coco, Campos. Em reunião realizada na última quinta-feira, 13/08/15, na UENF, com o superintendente substituto do Incra no Estado do Rio, Nilson Reis Monteiro, membros técnicos do órgão e a Pró-Reitoria de Extensão, responsável pelo projeto de parceria com os assentados, o modelo foi apresentado e obteve apoio do órgão regional. O assentamento adotou a suinocultura e produz biogás e biofertilizantes gerados através de resíduos da produção animal, além de aproveitar a água captada para piscicultura e reforçar a plantação de mandioca, utilizada na produção da ração para os porcos.

O pró-reitor de Extensão, professor Paulo Roberto Nagipe, explicou que o projeto começou há quatro anos, com a produção de biodiesel, que tem como um de seus resíduos a glicerina, que pode ser usada na produção de biogás quando anexada a resíduos dos suínos. O projeto, então, se desdobrou em outro, o de sustentabilidade de comunidades rurais. Duas empresas privadas são parceiras dos projetos, a Queiroz Galvão e a Jordão Engenharia. Em parceria, então, com os trabalhadores rurais do assentamento, foram construídos biodigestores e piscinas. Foram ainda ensinadas práticas de suinocultura e  de produção da ração animal, com investimento de R$ 1 milhão aplicado pela Queiroz Galvão.

O professor e assessor da PROEX, Alcimar das Chagas Ribeiro, expôs na reunião que os trabalhadores assentados são os atores principais do projeto. Informou, ainda, que dados iniciais indicam a capacidade da planta produzir energia para abastecer 100 casas na primeira fase do projeto.

— A extrapolação do modelo para outros assentamentos, a partir da consolidação da organização em rede e um processo de governança institucional se caracterizarão em um instrumento poderoso de transformação socioeconômica — relatou Alcimar aos representantes do Incra.

A abordagem do projeto é fundamentada na teoria do desenvolvimento endógeno, que pode prover de condições essenciais a estrutura produtiva local, tais como: escala de produção, aparato inovativo, capacidade de gestão e acesso a mercados, dada à rede de proteção estabelecida pelas organizações locais de apoio.

Alcimar explicou também que o planejamento da estrutura produtiva no assentamento define a integração de negócios como estratégia. A atividade de suinocultura que gera insumos para a produção de biogás e energia elétrica, além de fertilizantes que vão melhorar a produtividade da terra agricultável. Esta, promove o cultivo de mandioca, insumo principal da ração suína, enquanto a água depurada do processo alimenta a atividade de piscicultura.

O superintendente do órgão se mostrou entusiasmado com a proposta de sustentabilidade e informou que haverá uma reunião inicial com a presidência para apresentação do projeto piloto para que, então, sejam apresentadas possibilidades da rede de proteção.
— Esse projeto está de acordo com a filosofia da atual presidência do Incra, que é o desenvolvimento. Depois de apresentar o modelo mostrado aqui, vamos marcar uma nova reunião com os trabalhadores assentados, os pesquisadores da UENF e os técnicos do Incra — adiantou Nilson.
(Fotos: Aldo Viana)
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