Juiz diz que vai pedir arresto de bens de Eike em processo do MPF
24/09/2014 às 14h39
Por Rafael Rosas | Valor
VALOR ECONÔMICO
RIO - O juiz Flavio Roberto de Souza, da 3ª
Vara Criminal Federal do Rio de Janeiro, afirmou que deverá pedir o arresto de
bens do empresário Eike Batista dentro do processo em que o Ministério Público
Federal (MPF) ofereceu denúncia pelo crime de uso de informação privilegiada.
No processo, o MPF pediu que o juiz determine o arresto de até R$ 1,5 bilhão em
bens do empresário.
“Não
é uma questão de ‘se’, mas uma questão de ‘quanto’”, disse Souza ao Valor.
Ou
seja, o arresto será pedido, mas o valor ainda precisa ser definido.
Segundo
o magistrado, a defesa do empresário pediu um prazo para determinar se o dano
supostamente causado chegaria a R$ 1,5 bilhão ou a um valor menor. “A defesa
pediu 15 dias para ver se o valor relatado pelo Ministério Público é o valor do
dano”, explicou Souza.
O
juiz ressaltou que atualmente o empresário tem R$ 122 milhões em dinheiro
bloqueados em contas bancárias e outros R$ 117 milhões em um fundo de
debêntures também bloqueados.
“Evidentemente,
fazemos uma ordem [para o que vai ser bloqueado]. O que tinha de dinheiro já
foi bloqueado, o que vamos ver agora são os bens que estão no nome dele”, disse
o juiz, lembrando que poderão ser buscados bens passados para os nomes dos
filhos e esposa do empresário.
Souza
também confirmou que pedirá a quebra do sigilo fiscal de Eike, no âmbito de um
outro processo que investiga lavagem de dinheiro. O juiz informou que o MPF
pediu vistas desse processo e que aguarda apenas a devolução do material para
pedir a quebra do sigilo fiscal do empresário.
(Rafael
Rosas | Valor)
"Parte desse valor deveria cobrir os prejuízos causados pelo empresário, por ocasião da instalação do porto do Açu em São João da Barra". Definitivamente, as perdas impostas a sociedade local foram substancialmente maiores do que os benefícios alardeados.
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