O governo Dilma não acerta porque não reconhece os problemas
O PT tenta, com inverdades,
desqualificar avaliações sérias sobre a conjuntura econômica nacional. Tal fato
não deveria ocorrer em um país que busca ocupar um espaço de relevância no
cenário internacional. A negação de problemas importantes não ajuda a solução
dos mesmos. É evidente que a inflação está fora de controle, já que extrapolou
o teto da meta, mesmo com preços importantes represados, como o da gasolina e da
energia elétrica. É importante lembrar que a ingerência do governo Dilma na
Petrobrás gerou graves problemas para a empresa e para o setor sucroalcooleiro,
inclusive com fechamento de diversas usinas de açúcar e álcool no centro oeste
do país.
Contrariando preceitos econômicos
importantes, a inflação sequer reage a escalada da taxa de juros, que avança
inibindo os investimentos privados. Todo esse contexto tem alimentado uma forte
desconfiança no meio empresarial, afetando o sistema que reage com demissões de
trabalhadores, além do engavetamento de projetos importantes para a economia.
No campo internacional, não
se pode esconder o declínio da balança comercial e a necessidade de recursos orçamentários
para o equilíbrio da balança em conta corrente. Contraditoriamente, o governo
insiste na política de subsídios e ampliação de incentivos de toda natureza
para setores industriais ganhadores, sem se importar com o fato dessas medidas deprimirem
a base arrecadadora.
Na verdade a economia não
está respondendo a esses estímulos, já que a produtividade da industria está se
fragilizando, em função dos consistentes custos logísticos, encargos
trabalhistas, dentre outros. Por outro lado, a massa salarial fortemente
comprometida com endividamento, por indução do próprio governo, tem pouca
margem para dinamizar o consumo interno.
Como podemos ver a equação
não fecha, o governo interventor atua na busca de resultados de curto prazo, só
que os problemas exigem medidas de longo prazo. É essencial agir no sentido do apoio
ao aumento da oferta agregada, a partir da expansão do investimento privado e
na combinação entre inovação e produtividade. Esses fundamentos garantem queda no
custo médio e aumento no lucro, incentivando a manutenção do investimento e
seus reflexos no nível do emprego e na renda do trabalho. No longo prazo se
consubstancia o círculo virtuoso que mantém equilibrado o sistema econômico
nacional. Como podemos ver, o modelo não está ajustado e existe a negação dos
fatos por conta de interesses puramente eleitorais. Lamentável!
Comentários
Postar um comentário