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Mostrando postagens de maio, 2013

Análise da Riqueza Brasileira no I Trimestre de 2013

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O Produto Interno Bruto - PIB do Brasil, atingiu o valor de US$1,11 trilhão no primeiro trimestre de 2013. Comparativamente ao último trimestre, foi contabilizado um baixo crescimento de 0,6%, salvo pela agricultura que cresceu 9,7%. A indústria declinou 0,3% e o setor de serviços cresceu 0,5%. Pela ótica da demanda, a despesa de consumo das famílias se mostrou fraca, com crescimento de 0,1%. O anterior incentivo ao consumo em um ambiente de facilidades de crédito com baixas taxas de juros e prazos elásticos, geraram endividamento que, com o crescimento inflacionário recente, deprimiu a capacidade de compra dos consumidores. Nas operações de comércio exterior, foi verificada uma queda nas exportações de 6,4% e um crescimento nas importações de 6,3%, indicando que parte importante do incentivo à produção nacional foi aproveitada pelos países que exportam para o Brasil. Isto é, contribuímos para a geração de emprego no exterior. Na comparação do I trimestre de 2013, com o mesmo tr

Indicativos de declínio da produtividade da atividade petrolífera na região Norte Fluminense

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Os municípios produtores de petróleo da região Norte Fluminense vem perdendo participação no total da receita distribuída aos municípios brasileiros. A figura apresenta as participações dos municípios produtores da região em maio de 2004 e maio de 2013. Carapebus apresentou a maior perda de participação, ou 47,15%, seguido por Quissamã com 38,46%, Macaé 34,54%, Campos 22,15% e São João da Barra com 7,22%, a menor perda de participação entre os produtores. O sinal amarelo logo se transformará em vermelho sem que se estabeleça um entendimento sobre a melhor utilização desses recursos em direção a uma economia sustentável e geradora de bem estar para a população.

Royalties em maio na região Norte Fluminense

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Os valores correspondem as transferência de royalties para os municípios da região Norte Fluminense. Campos recebeu R$49,2 milhões, seguido por Macaé com R$35,8 milhões, Quissamã com R$7,0 e São João da Barra com R$7,0 milhões. A região apresentou uma participação percentual no mês de 43,9% em relação ao total distribuído aos municípios do país. O gráfico apresenta a trajetória da participação regional em 2013, indicando queda nos meses de fevereiro, março, abril e maio em relação a janeiro.

Conjuntura do Estado do Rio de Janeiro

Análise do economista Ranulfo Vidigal O desenvolvimento capitalista significa, basicamente, expansão continuada da produção, ampliação do mercado e acumulação de capital crescente. Nesse contexto, o novo mundo pós-crise tende a ser intensivo em conhecimento e inovação, precisa ser mais eficiente na questão da natureza, ou seja, produzir com baixo teor de carbono e, em paralelo, entender que a sociedade organizada vai buscar o crescimento econômico com inclusão e justiça social. Uma das condições básicas para o desenvolvimento econômico – a ampliação dos mercados tem necessariamente uma natureza espacial. O Rio de Janeiro, por exemplo, tem sua trajetória demográfica muito associada ao seu grau de urbanização, o que implica em forte pressão pela qualidade dos serviços públicos. Entre 1940 e 2010, a economia fluminense cresceu, em média 4,2%, abaixo da média brasileira. Em 1940, o Rio tinha um PIB percapta 2,3 vezes maior do Brasil, enquanto em 2010 é de apenas 30% superior à médi

Instituições, Comportamento e Modernização Local

Posso afirmar que pelo menos há dez anos venho defendendo a alternativa de qualificação do ambiente, como elemento essencial para o desenvolvimento local. Na prática, qualificar o ambiente quer dizer induzir a mudanças no padrão de comportamento dos indivíduos, através do fortalecimento das instituições (políticas, econômicas e culturais). Efetivamente, a sociedade precisa se organizar em núcleos de interesse (comercial, religioso, cultural, agropecuário, etc.), para ocupar o seu devido lugar, ou seja, de subordinar as forças políticas, de maneira que possa ocorrer um processo de alocação mais eficiente dos recursos em benefício da população. O quadro atual é exatamente inverso, a sociedade é subordinada as forças políticas, fato que tem possibilitado um conjunto de ações arbitrárias e de pouca relevância socioeconômica, com reflexos no aprofundamento do quadro de subdesenvolvimento em alguns territórios. Observa-se claramente que a prepotência do poder não reconhece práticas exit

OGX: quebra de expectativas

http://www.valor.com.br/video/3125802/quando-vai-acabar-o-inferno-astral-da-ogx

UENF promove debate sobre riqueza e desigualdade

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O tema "Da Riqueza ao Desenvolvimento Sustentável: O Dilema Regional, foi debatido nesta terça feira, no auditório do Laboratório de Engenharia de Produção da UENF, pelos economistas Alcimar Chagas (UENF), Ranulfo Vidigal (UFRJ) e Roberto Rosendo (UFF), tendo a professora Jacqueline Cortes da UENF como moderadora.  Para uma platéia composta de professores e estudantes de graduação e pós-graduação, o debate evoluiu apresentando um panorama da conjuntura econômica nacional e regional, acentuando  algumas fragilidades que corroboram para um quadro de desigualdade socioeconômico, mesmo em regiões favorecidas por substancial fluxo de investimento. As atividades petrolíferas e de infraestrutura portuária foram citadas como exemplo desse problema. Alguns pontos convergiram para o consenso entre os economistas, tais como: a ausência de um estoque de capital social necessário ao desenvolvimento da região, a fraca interação entre o governo e a academia e a fraca base industrial, gera

Evolução do emprego formal em São João da Barra no período de janeiro a abril

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A trajetória do emprego formal em São João da Barra, neste ano, ratifica  a onda de preocupação em relação a forte desaceleração verificada nas atividades de construção naval no porto do Açu, e sua extensão para as outras atividades. Em abril foram registrados 581 desligamentos no município, leia-se porto do Açu, gerando um saldo negativo de 197 empregos no mês. 

Emprego formal em abril de 2013 na Região Norte Fluminense

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A região Norte Fluminense gerou um saldo acumulado de 2.691 empregos no período de janeiro a abril de 2013. O município de Macaé gerou 1.536 empregos, ou 57,08%  do total, seguido por Campos dos Goytacazes com 685 empregos, ou 25,46% e São João da Barra com 335 empregos, ou 12,45%. Setorialmente, Campos gerou 37 empregos na indústria de transformação, 114 empregos na construção civil, 742 empregos em serviços e 144 empregos na agropecuária. O comércio destruiu 405 empregos no período analisado. Em Macaé, foram gerados 2.301 empregos na construção civil, 503 empregos no setor de serviços e 5 empregos na agropecuária. A indústria de transformação destruiu 896 empregos e o comércio destruiu 455 empregos no mesmo período. Em São João da Barra, foram criados 58 empregos na indústria de transformação e 311 empregos na construção civil. O comércio destruiu 11 empregos, o setor de serviços destruiu 5 empregos e a agropecuária destruiu 10 empregos.

Da grande moderação à longa recessão

"Análise do economista Ranulfo Vidigal" Até meados da primeira década do atual século tivemos no mundo, a combinação virtuosa de crescimento elevado e baixa inflação, ou seja, predominou a estabilidade da demanda efetiva frente a choques conjunturais – estes últimos, aliás, fenômenos naturais na economia capitalista. Algumas explicações para tal fenômeno estariam na integração da China à economia internacional ofertando manufaturas produzidas a baixos custos salariais, bem como mudanças estruturais em favor dos serviços na composição da geração da riqueza planetária e, finalmente, mercados financeiros sujeitos a menores níveis de riscos, diante de políticas monetárias “ajustadas” ao ciclo de negócios da economia privada. Passados cinco anos do início da crise deflagrada pela “bolha imobiliária americana”, as perspectivas da economia internacional para um futuro próximo não são muito auspiciosas, mediante um comércio de anêmica expansão, elevados níveis de desem

Riqueza e Prosperidade Sustentável: o dilema regional

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A Feira de Responsabilidade Social Empresarial Bacia de Campos, debateu o tema “Da Riqueza à Prosperidade Sustentável”, nesta semana em Macaé. Tive a honra de participar da mesa, juntamente com o professor Silvério de Paiva Freitas (Reitor da UENF) e Martinho Santa Fé (moderador e organizador do evento). Penso que, dado a importância do tema, a sua ampliação reflexiva é essencial e pretendo colocar algumas idéias sobre a questão. O processo de geração de riqueza na região Norte Fluminense ocorre, pelo menos há trinta e cinco anos, com a chegada da Petrobrás em Macaé. Em função da atividade petrolífera, teve início uma importante aglomeração produtiva que fixou muitas empresas estrangeiras e nacionais no município, e espraiou externalidades para Campos, Rio das Ostras e outros. Em complemento aos investimentos produtivos privados e do Governo Federal, os municípios viram crescer os seus orçamentos por conta dos royalties e participações especiais, fundamentalmente, os produtor

VI Feira de Responsabilidade Social em Macaé

http://uenf.br/dic/ascom/informativo-da-uenf-16-05-13/

Uma reflexão importante sobre a Petrobrás e seu papel no desenvolvimento econômico do País

http://www1.folha.uol.com.br/mercado/1261149-outrora-agil-petrobras-personifica-a-lentidao-da-economia-brasileira.shtml

O desafio do crescimento da agricultura familiar através da merenda escolar

A publicação da lei que autoriza a criação de convênios e contratos para aquisição de produtos agrícolas do pequeno produtor rural, com destino a merenda escolar em Campos dos Goytacazes, representa um passo importante para o fortalecimento do setor, porém o êxito não é automático. Há de se considerar gargalos importantes, tais como: isolamento das unidades produtivas, baixa capacidade de investimento, baixa diversificação  de culturas, baixa produtividade, restrição de oferta, dificuldade na gestão, baixo padrão de informação, forte dependência à intermediação, etc.  Soma-se a esse conjunto de debilidades, um comportamento reativo de desconfiança em relação aos pacotes informacionais "despejados de cima para baixo". Trata-se de um substancial desafio que passa, fundamentalmente, por uma reflexão sobre a estrutura organizacional do próprio governo. A prática de individualização das funções (secretarias), dificulta o processo de articulação e otimização dos recursos orça

A dependência externa da econômica brasileira cada vez mais presente

Excelente e preocupante a análise do economista Delfim Neto. Vale a pena conferir. http://www1.folha.uol.com.br/colunas/antoniodelfim/2013/05/1274979-tragedia.shtml

Saldo das operações bancárias em fevereiro na região Norte Fluminense

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Os saldos das operações bancárias de crédito, depósito a vista e depósito a prazo na região Norte Fluminense, são apresentados na tabela. Campos contabilizou R$1,8 bilhão de crédito e Macaé contabilizou R$1,4 bilhão. Nas operações com depósito a vista privado, Macaé contabilizou R$304,5 milhões, seguido por Campos dos Goytacazes com R$247,5 milhões. Na conta de depósitos a prazo, Campos contabilizou R$1,0 bilhão, seguindo por Macaé com um saldo de R$802,9 milhões.  De acordo com o conceito de preferência pela liquidez bancária, que diz respeito a disposição dos bancos em disponibilizar crédito localmente, observa-se um bom comportamento dos municípios da região, com exceção de São João da Barra e Cardoso Moreira. A medida de preferência pela liquidez bancária se dá pela divisão dos depósitos a vista pelo crédito, e quanto maior for esse coeficiente, pior é a situação do município em termos de crédito. Nesse caso, o sistema bancário tem um baixo padrão de confiança no sistema econô

Projeto de Extensão da UENF promove ação de fortalecimento da cooperação com a Escola Estadual Dr. Newlton Alves em Atafona - SJB

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O projeto de extensão da UENF " Resgate e disseminação da história local: uma estratégia para a mudança sociocultural e econômica ", cumprindo a sua agenda de disseminação da história local, apresentou palestras durante a reunião do Conselho de Classe da Escola Estadual Dr. Newton Alves em Atafona, nos dias 02 e 03 de maio. Os bolsistas Francisco Moreira, Débora Longe e  Chrisson Roza apresentaram os resultados parciais da pesquisa bibliográfica para os professores da instituição que contribuíram criando um ambiente de reflexão importante.   A ação teve como objetivo, buscar apoio dos diretores e professores da escola para o desdobramento do projeto, o qual tem como planejamento, atuar junto aos alunos do ensino fundamental. Neste caso, a estratégia consiste em incentivar o aprendizado e melhor absorção do conhecimento de forma lúdica, através da produção peças teatrais,  esquetes, etc. Segundo a percepção dos envolvidos, os resultados foram bastantes favorávei

Mudanças no Horizonte

Análise do economista Ranulfo Vidigal Até o inicio da presente crise financeira iniciada em 2008, predominava a visão liberal do mercado auto-regulável no mundo ocidental.  Em paralelo, fortalecia-se o capitalismo de estado chinês, baseado em acesso aos grandes mercados de matérias primas e consumo de massa, orientado para parcerias publico-privadas e convivendo em um ambiente de uso intenso de inovações incrementais, bem como no barateamento do custo salarial e câmbio competitivo. A hegemonia americana se fortalece desde 1871, quando o PIB dos Estados Unidos ultrapassou o Reino Unido. Diversos estudiosos nos mostram que o “soft power” do país mais importante do planeta tem como mola propulsora o dólar flexível, o poderio militar, a tecnologia de ponta das grandes empresas e o predomínio cultural do “american way life”. Nesta conjuntura, um novo desenho institucional e de governança mundial se firma no horizonte, com a estratégia americana se re-industrialização de sua ec

O papel do sistema financeiro no processo de crescimento econômico: o caso da região Noroeste Fluminense

Buscando relacionar a dinâmica econômica municipal com a oferta de crédito bancário, a aluna do LEPROD/UENF Natália Rodrigues da Costa, orientada pelo professor Alcimar Chagas, analisou os municípios da região Noroeste Fluminense, de forma a verificar o papel da moeda endógena no crescimento econômico. Além do postulado keynesiano de preferência pela liquidez, a pesquisadora utilizou o método shift-share como elemento de decomposição da trajetória local em relação á trajetória regional. O objetivo foi verificar, através dos resultados, se o nível de crescimento das modalidades de crédito influenciou, de forma efetiva, o crescimento econômico setorial, confirmando o principio teórico. A análise foi realizada nos períodos 2001 a 2003 / 2003 a 2005 / 2005 a 2007 e 2007 a 2009, para os setores agropecuário, industrial e de serviços. A síntese dos resultados indicou que o setor agropecuário apresentou uma melhor dinâmica no primeiro período, onde os municípios cresceram num padrão ac

Movimentação do Minério de Ferro no comércio exterior em abril de 2013

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As exportações de minério de ferro mantém um certo equilíbrio nos primeiro meses do ano. O volume embarcado cresceu 3,42% em abril, em relação a março, e a receita em US$ cresceu 1,42%, por conta da queda de 1,99% no preço por tonelada. Na comparação com o mesmo mês do ano passado, foi verificado um crescimento de 9,42% no volume embarcado, uma queda de 1,22% na receita em US$ e uma queda de 7,46% no preço médio praticado em abril de 2013. O gráfico apresenta a trajetória dos preços por tonelada nos quatro primeiros meses de 2013 e 2012. Observa-se uma leve recuperação em 2013 a partir de fevereiro, apesar do padrão inferior ao ano passado.

Movimentação do Açúcar em Bruto no comércio exterior em abril de 2013

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As exportações brasileiras de Açúcar em Bruto, em abril de 2013, caíram em relação a março do mesmo ano. O volume  embarcado em tonelada declinou 14,6%, enquanto a receita em US$ recuou 15,76%.  O preço por tonelada apresentou uma leve queda de 1,37% em relação a março. Comparativamente ao mesmo mês do ano passado, foi verificado em abril de 2013, um crescimento de 133,93% nas receitas em US$, um crescimento de 196,27% no volume embarcado e uma queda de 21,02% no preço médio praticado. O gráfico apresenta a evolução dos preços praticados nas exportações de açúcar em bruto nos quatro meses de 2013 e 2012. Observa-se um patamar de preços em 2013, em torno de 20% abaixo dos preços de 2012.

Exportações brasileiras por blocos econômicos no período janeiro a abril de 2013

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As exportações brasileiras para os blocos econômicos, no período de janeiro a abril de 2013, caíram 4,26% em relação ao mesmo período de 2012. A maior taxa de crescimento de 13,86% se deu nas operações com o Oriente Médio e a menor queda de 21,20% ocorreu nas operações com os Estados Unidos. Foram verificados ainda, um crescimento de 2,55% nas exportações para a Ásia e uma queda de 10,39% nas exportações para a União Européia. As participações percentuais dos blocos econômico nas exportações brasileiras, no período janeiro a abril de 2013, são apresentadas no gráfico. A Ásia absorveu 30,99%, a América Latina 20,88%, a União Européia 19,77% e os Estados Unidos 9,99%. Importante observar que mesmo a China, Europa e Estados Unidos tendo aumentado o volume de importação, a participação percentual do Brasil diminuiu, o que fortalece a indicação de perda de competitividade dos produtos brasileiros no mercado internacional.