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Mostrando postagens de junho, 2015

Lições do improvável

JORNAL ESTADO DE SÃO PAULO Precisamos aprender muito! Apesar de seus defeitos, Cingapura é raro exemplo de harmonia social. Pensando na resistente divisão racial dos EUA, fiquei intrigado com algumas lições de uma fonte improvável: Cingapura. Preparando-me para uma viagem até lá na semana passada, como convidado da Universidade Nacional de Cingapura, perguntei ao vice-premiê, Tharman Shanmugaratnam, o que ele considerava o maior sucesso do país. Imaginei que fosse falar de economia, já que o PIB per capita da cidade-Estado hoje excede os de EUA, Japão e Hong Kong. Mas ele falou de harmonia social. “Éramos uma nação improvável”, disse Shanmugaratnam. A ilha coberta de pântanos, expulsa da Malásia em 1965, tinha uma população poliglota de migrantes com inúmeras religiões, culturas e crenças. “O interessante e único em Cingapura, mais do que a economia, são nossas estratégias sociais. Nós respeitamos as diferenças das pessoas, mas moldamos uma nação e tiramos proveito da

A difícil herança social dos grandes projetos

UM QUADRO BEM CONHECIDO POR AQUI, PORÉM NÃO ASSIMILADO POR MUITOS. http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,nova-noticia,1714861

Mudanças permanentes exigem novas praticas

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Não poderia deixar de expressar a minha opinião sobre a reunião realizada hoje no CDL, sob coordenação da secretaria de desenvolvimento do municípios de Campos dos Goytacazes. Com o tema proposto para discussão   "Cenário Econômico: alternativas para superar a crise, na verdade não aconteceu um debate e sim uma bela explanação do secretário de governo e ex governador Antony Garotinho, sobre o projeto de antecipação dos royalties de petróleo de autoria dos senadores Marcelo Crivella (PR/RJ) e Rose de Freitas (PMDB/ES), aprovado no senado. Antony Garotinho apresentou, com muita clareza, todo o processo evolutivo de institucionalização das rendas de royalties de petróleo como garantia para operação financeira. Primeiro na questão da solução da dívida pública do estado do Rio de Janeiro, ainda quando governador, depois na antecipação de receitas orçamentárias para os municípios produtores, face a crise internacional que derrubou o preço do barril de petróleo. Sobre os esfor

Saldo das operações financeiras na região Norte Fluminense em dezembro de 2014

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Os saldos das operações bancárias em dezembro de 2014, nos municípios da região Norte Fluminense, são apresentados na tabela. Campos dos Goytacazes contabilizou R$2,7 bilhões de operações de crédito, seguido por Macaé com R$2,0 bilhões de saldo. Já em relação a depósitos a vista do setor privado, Macaé contabilizou R$321,2 milhões, seguido por Campos dos Goytacazes com um saldo de R$236,4 milhões.  Entre os menores municípios, as contradições são bem acentuadas. Vejam que os saldos de operações de crédito e depósitos a vista do setor privado, nos municípios São Fidélis, São Francisco de Itabapoana e São João da Barra são bem próximos, mesmo sendo esses municípios bem diferentes. São João da Barra é produtor de petróleo e sede do Porto do Açu, enquanto que os outros dois municípios tem sua base econômica no setor agropecuário. Finalmente, o saldo de depósito a prazo de R$166,7 milhões em São João da Barra, confirma o perverso padrão de concentração da riqueza.  

Indaiatuba tem a melhor gestão fiscal em São Paulo

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Em uma postagem anterior, mostramos a fragilidade da economia de Campos dos Goytacazes que apresentou uma concentração de 36% da renda do trabalho assalariado no setor de administração pública e somente 7% na indústria de transformação. Validamos a análise com a constatação de uma gestão crítica das receitas próprias, segundo a avaliação do Índice Firjan de Gestão Fiscal. Olhando os dados da Gestão Fiscal em São Paulo, nos deparamos com Indaiatuba, município campeão do estado com um IFGF 0,8513 (gestão excelente). O município tem 226.602 habitantes e 72.457 empregos em 2013. Vejam no gráfico que Indaiatuba concentrou 48,05% da renda do trabalho assalariado na indústria de transformação, o que faz toda diferença. Neste município, o trabalho produtivo está presente irrigando o comércio e as atividades de serviço. Em 2013, o total da renda no município somou R$191,4 milhões para 72.457 postos de trabalho, enquanto que em Campos a renda somou R$180,1 milhões para 98.222 postos de t

Lançamento do livro de Carlos Sá na ACL

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Ai está um momento em que dá orgulho de ser sanjoanense. Lançamento do livro do Carlos Sá na ACL em Campos dos Goytacazes. O escritor de São João da Barra foi muito prestigiado pelos campistas e todo evento nos encheu de felicidade. A presença do jovem Danilo Barreto, sanjoanense graduando em Administração Pública na UENF, fortalece as nossas expectativas quanto ao surgimento de novas lideranças potencias. Parabéns Danilo, continue trilhando o caminho do conhecimento e não se distancie do grupo minoritário defensor da ética, do respeito a coisa pública, do fortalecimento dos laços comunitários e da luta pela redução da desigualdade social. Parabéns ao Carlos Sá que contou com a presença do vereador Aluízio Siqueira (presidente da Camara de São João da Barra), Aurinho e Dr. Antônio Nunes.

Índice Firjan de Gestão Fiscal na região Norte Fluminense

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A Firjan divulgou os indicadores de gestão fiscal do ano base 2013 para os municípios do Brasil. Na região Norte  Fluminense, os resultados comprovam os problemas já indicados por esses blog. O estudo avaliou a receita própria, o gasto com pessoal e encargos, o gasto em investimento, a liquidez e o custo da dívida para cada município. Com avaliação de 0 a 1, os conceitos são distribuídos em gestão excelente (notas superiores a o,8); gestão boa (nota entre 0,6 a 0,8); gestão com dificuldade (notas entre 0,4 a 0,6) e gestão crítica (notas abaixo de 0,4).  Conforme apresentado na tabela, Campos dos Goytacazes tem a melhor gestão fiscal da região com avaliação 0,7001, entretanto ocupa somente a 8ª posição no estado. Conforme já havíamos divulgado, a execução dos gastos com pessoal e investimento representam pontos forte no municípios, enquanto as receitas próprias representa ponto fraco, ratificando a fragilidade do sistema econômico produtivo.  São João da Barra apresenta um ges

O frágil sistema econômico em Campos dos Goytacazes

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Uma análise da economia de Campos dos Goytacazes, pela ótica do emprego e da renda, confirma a fragilidade do sistema econômico, fundamentalmente, a sua estrutura produtiva. O relatório mais atualizado da RAIS (Relatório Anual de Informações Sociais) referente a 2013, mostra que 36,34% da renda do trabalho assalariado está concentrada no setor de administração pública e 27,56% no setor de serviços. Se considerarmos o comércio com 18,24% , podemos afirmar que 82,14% da renda é oriunda de atividades não industriais. O comércio somente transfere produtos fabricados em outras regiões, enquanto o setor de serviço tem baixo padrão de conhecimento e baixo salário, assim como o setor de administração pública. A setor industrial é responsável somente por 6,53% da renda do trabalho assalariado, o que representa um grande problema, já que a indústria de transformação gera riqueza e estrutura cadeias produtivas essenciais para a transformação do sistema econômico. Complementando a análise,

Movimentação do emprego formal em maio na região Norte Fluminense

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O emprego formal no mês de maio confirma as expectativas de retração da economia. O país eliminou 115.599 vagas de emprego no mês e 278.334 vagas no período de janeiro a maio. O estado do Rio eliminou 11.105 vagas no mês e 71.345 vagas no período de janeiro a maio, enquanto a região Norte Fluminense eliminou 611 vagas de emprego em maio e 4.616 no período de janeiro a maio.  Macaé eliminou 2.259 vagas no período, sendo 993 vagas na construção civil, 529 vagas no comércio, 324 vagas no setor de serviços, 269 vagas no setor extrativa mineral, 87 vagas na industria de transformação e 15 vagas na agropecuária.  Campos dos Goytacazes eliminou 2.133 vagas no período, sendo 810 vagas no comércio, 603 vagas na indústria de transformação, 590 vagas na construção civil, 356 vagas na agropecuária. O setor de serviços gerou resultado positivo com 528 vagas, com destaque para as ocupações de técnico em enfermagem e contínuo com os maiores saldos. O município de São João da Barra eliminou 2

O risco do endividamento público com garantia em royalties de petróleo

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Um olhar mais detalhado para a movimentação dos royalties de petróleo, parcela mensal distribuída para os municípios da Bacia de Campos, podemos observar que o problema da perda de receita não está atrelada somente a queda do preço do barril de petróleo, ocorrida a partir do segundo semestre de 2014. Temporalmente, outros fatores estão agindo sem que os interessados tenham notado. Tal fato mostra a ausência de planejamento no uso desse mesmo recurso que, por natureza, é finito. O gráfico mostra que a parcela relativa correspondente aos municípios produtores da Bacia de Campos, em relação ao total distribuído aos municípios do Brasil,  vem declinando desde 2005. Observem que em 2001, os municípios da Bacia de Campos ficavam com uma parcela equivalente a 46,41% do total distribuído a todos os municípios do país, fatia que cresceu para 49,79% em 2003 e 50,45% em 2005. A partir desse ponto, a trajetória é declinante, atingindo 36,26% em 2014 e 33,55% em 2015, período de janeiro a maio.

Uma boa análise sobre a política econômica brasileira

http://www.valor.com.br/financas/4093370/damodaran-nao-tenho-fe-na-petrobras

Entrevista na Plenatv

PARTE 6 http://plenatv.com.br/mistura-fina/programa-mistura-fina-29-de-maio-de-2015/

Brasil: atrasos pela frente

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O ESTADO DE SÃO PAULO Governo quer atrair investimento privado para estradas, ferrovias e aeroportos, mas isso deve demorar. Aeroporto de Porto Alegre é um dos que serão oferecidos pelo governo à iniciativa privada Como a comida estragada na velha piada, a infraestrutura brasileira é ruim - e insuficiente. Ao avaliar a qualidade dessa infraestrutura, o Fórum Econômico Mundial coloca o Brasil na 120.ª posição entre 144 países. As estradas e os aeroportos são particularmente ruins. Com o grande déficit orçamentário e o alto custo dos empréstimos, o governo não está em posição de gastar o próprio dinheiro para consertar o problema. Assim, a presidente Dilma Rousseff deixou de lado seus instintos esquerdistas para atrair o investimento privado em infraestrutura. Na terça-feira, ela anunciou novas concessões que devem trazer R$ 198 bilhões (US$ 64 bilhões) em investimentos nos próximos dois anos. Ela já tentou isso antes. Em 2012, o governo buscou R$ 210 bilhões em

Trabalho produtivo e geração de riqueza

Saboreando um excelente doce de cajá, feito pela minha mãe, veio em minha mente uma clara reflexão sobre regiões que criam riqueza e regiões que consomem riqueza criada fora dos seus limites. Em São João da Barra, a matéria prima do doce citado, via de regra geral, costuma ser tratada como lixo, assim como, a acerola, o pero, a carambola, dentre outras frutas. O desconhecimento sobre a importâncias desses recursos no processo de geração de riqueza é a base central da retração do trabalho produtivo e da renda correspondente, com reflexo no aprofundamento da pobreza. Lembro-me muito bem da pequena fábrica de doces no quintal da minha casa, onde uma diversidade de produtos fabricados, como a goiabada, a bananada, o doce de pero, de abacaxi com coco, etc., ganhavam o mercado de Campos e região, cuja renda contribuiu de, sobremaneira, na minha formação acadêmica. Aliás, eu mesmo cheguei a comercializar em torno de duas toneladas de goiabada mês em restaurantes industriais no Rio de janeiro

Para refletir!

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Marcos Pedlowski 15:03 (Há 1 hora) para  pedlowma , Cco: mim http://blogdopedlowski.com/ 2015/06/08/ship-to-ship-no- porto-do-acu-sob-o-designio- do-improviso-quem-se- responsabilizara-pelos- eventuais-desastres- ambientais/   Ship to ship no Porto do Açu: sob o desígnio do improviso, quem se responsabilizará pelos eventuais desastres ambientais? É até compreensível que os atuais controladores do Porto do Açu, comandados pelo fundo de private equity EIG Global Partners, queiram tirar o pé do atoleiro e encontrar novas formas de gerar retorno para o empreendimento. Uma das novas e decantadas opções é o uso do Terminal 1 para o transbordo de petróleo na operação conhecida como “ship to ship” ( Aqui! ) a partir de um contrato com a BG Brasil. Afinal de contas, agora que o minério de ferro está dando prejuízo para a Anglo American, há que se achar alguma saída para que o Porto do Açu não seja completamente inviabilizado. Agora o que eu gos

O Porto do Açu e suas derivação: como fica o território de entorno?

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O primeiro ciclo portuário de São João da Barra durou aproximadamente 150 anos. A estratégia fundamental dos investimentos estava atrelada a necessidade de transportar a produção do interior fluminense e das regiões limítrofes do Espírito Santo e Minas Gerais. O porto gerava emprego e renda porque escoava a produção regional (açúcar, madeira, farinha, café, carnes, etc.). O Porto do Açu, contrariamente, tem como objetivo escoar produtos que geram emprego em regiões distantes. O mesmo não apresenta afinidade, em termos negócios e ocupações, com a sua proximidade. Desta forma, é muito representativo para o país que apresenta gargalos importantes, fundamentalmente, em portos. Quanto aos benefícios para o território de influencia? A história comprovará que a nossa visão crítica é coerente.

Royalties em maio na região Norte Fluminense

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As receitas mensais de royalties de petróleo cresceram 17,7% em maio, com relação abril, na região Norte Fluminense. Apesar do crescimento da receita no mês, é evidente a perda de participação temporal da região no total distribuído pela ANP. A queda de arrecadação da região Norte Fluminense em maio deste ano, atingiu 31,9% em relação a maio do ano passado, enquanto a queda no total dos municípios do Rio de Janeiro atingiu 27,3% e a queda nos municípios do país atingiu 27,0% no mesmo período. Observem que a região apresenta um diferencial de perda de receita de 4,6% na comparação com o total dos municípios do Rio de Janeiro e um diferencial de perda de 4,9% na comparação com o total dos muncúrios do país. A alternativa de endividamento presente com garantias nas receita futuras de royalties precisam ser muito bem avaliadas.

Resultado da Balança Comercial em maio

O resultado da Balança Comercial do país melhorou em maio, porém o saldo acumulado em 2015 continua deficitário. Em maio as exportações somaram US$16.769 bilhões, as importações US$14.008 bilhões, gerando um saldo superavitário de US$2.761 bilhões. No acumulado do ano, as exportações somaram US$74.700 bilhões, as importações US$77.005 bilhões, com um saldo deficitário de US$2.305 bilhões. O saldo em maio de 2014 foi deficitário em US$4.860 bilhões.

Exportação de minério de ferro em maio

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A sequência de queda na exportação de minério se manteve em maio. O volume embarcado em tonelada caiu 3,6% com relação a abril, a receita caiu 19,9% e o preço caiu 16,8% no mês, em relação a abril.  Na comparação com maio de 2014, o volume embarcado em maio de 2105 caiu 9,8%, a receita em dólar caiu 64,1% e o preço US$/T caiu 60,2% no mesmo período. O gráfico apresenta a trajetória dos preços praticados nos anos 2012; 2013; 2014 e 2015. Neste ano o preço já caiu 34,6%. Períodos difíceis estão pela frente!

Exportação de açúcar em maio

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O volume em tonelada de açúcar cresceu em maio, com relação a abril, porém está abaixo do volume embarcado em janeiro e março. Com relação a maio de 2014, o volume embarcado cresceu 11,4% porém o preço caiu 16,1% no mesmo período.  O gráfico apresenta a evolução do preços nos anos de 2012; 2013; 2014 e 2015. A desvalorização do preço da commoditie é evidente, inclusive nos meses deste ano.

COAGRO: uma organização produtiva de sucesso

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"Uma questão a ser pensada: Por que a Coagro avança em um ambiente econômico de declínio para o setor sucroalcooleiro ou energético? Na verdade, respondemos essa pergunta em 2010 com a pesquisa de mestrado em Engenharia de Produção da UENF da mestra Kátia Athayde.  Ratificando a nossa tese, setores fragilizados não conseguem competir no mercado pela ótica microeconômica, onde a unidade produtiva atua individualmente. Nesse caso, a empresa precisa de competências essenciais, tais como: escala, projetos, recursos tecnológicos, financeiros, gestão estratégica, etc. No caso da Coagro, claramente existe uma organização produtiva típica de uma governança institucional. A cadeia se estrutura com a produção coletiva da matéria prima que se integra a unidade processadora e logística. O sistema realiza as combinações com elementos fundamentais, tais como:  ação coletiva, confiança, reciprocidade, competência gerencial e interação universidade-governo-indústria, possibilitando a sua inse