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Mostrando postagens de julho, 2013

A visão do papa Francisco como contribuição a uma vida cidadã

A visão humanitária e orientadora dos discursos do papa Francisco no Brasil, deve ser considerada como instrumento permanente de reflexão da sociedade local, no processo de decisão sobre o uso dos recursos públicos. Deve-se planejar a produção da riqueza a luz da melhor distribuição possível, de forma que a população possa ter atendidas as suas necessidades básicas. Neste caso, estamos falando do acesso ao trabalho, à saúde, à educação, à moradia, ao lazer, etc. Esses elementos materializam cidadania. Contrariamente, a formação de riqueza em caráter concentrador representa somente a sensação de um crescimento econômico, sem os devidos benefícios para a coletividade. Nesses casos, parte substancial da riqueza gerada na periferia foge para as regiões centrais. Não faltam exemplos em todo o País, especialmente nas situações onde cidades pequenas recebem grandes investimentos em infraestrutura de dimensão nacional. Dessa forma, a concepção de que quanto maior a riqueza melhor a co

IDH nos municípios da região Norte Fluminense

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O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), divulgou o IDH referente a 2010 para os municípios do Brasil. Conforme a tabela, verifica-se uma boa evolução neste ano, comparativamente a 2000 e 1991. O componente saúde (longevidade), teve uma participação fundamental no índice total.  O gráfico apresenta os indicadores em 2010 para os municípios da região. Macaé registrou o maior IDH na região (0,764), seguido por Campos dos Goytacazes (0,716), Carapebus (0,713), Conceição de Macabu (0,712) e Quissamã (0,704), todos com nível alto de desenvolvimento (de 0,700 a 0,799). Na faixa de desenvolvimento médio estão São Fidélis (0,691), São João da Barra (0,671), Cardoso Moreira (0,648) e São Francisco de Itabapoana (0,671). O índice é construído, levando em consideração os elementos renda, saúde e educação. Na avaliação do IDH pelo componente educação, nenhum município atingiu o padrão alto. Campos, Carapebus, Conceição de Macabu, Macaé, Quissamã e São Francisco de Ita

Quadro do Emprego Formal em Junho na região Norte Fluminense

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O mês de junho foi favorável a geração de empregos na região Norte Fluminense. Foram criadas 2.150 novas vagas no mês, contra 314 vagas no mês de maio. Os municípios de Campos dos Goytacazes, Macaé e São Francisco de Itabapoana foram responsáveis pelo crescimento. Campos contribuiu com um crescimento de 13,9%, puxado pelo setor sucroalcooleiro. Macaé contribuiu com um crescimento de 227,2%, puxado pelo setor de construção civil, enquanto São Francisco de Itabapoana contribuiu com um crescimento de 165,4%, puxado pelo setor sucroalcooleiro. Na avaliação por município, Campos dos Goytacazes gerou 1.622 empregos no mês e um saldo acumulado de 3.731 no semestre. Deste saldo, a indústria de transformação apresentou uma participação de 17,2%, a construção civil 1,7%, o setor de serviços 27,2% e agropecuária 63,9%. O município de Macaé gerou 553 empregos no mês e 2.258 empregos no acumulado do semestre. Deste saldo, a construção civil representou 135,7% e o setor de serviços 26,2%. O mu

O Sistema Bancário no Desenvolvimento: uma análise da Baixada Fluminense

Trabalho de mestrado do LEPROD-UENF, de autoria de Claudio de Carvalho Marouvo, discutiu o papel da moeda no desenvolvimento da região da Baixada Fluminense, considerando o aspecto da preferência pela liquidez (motivação dos bancos para emprestar ou não localmente). Conforme tabela, no período de 2001/2005 o crédito total cresceu 15,23% na Baixada Fluminense, impulsionando um crescimento de 25,1% no PIB regional. A Capital como referencia viu o crédito total cair 6,26% no mesmo período, acompanhado de um crescimento de 1,93% no PIB, percentual bem inferior ao crescimento regional. No período seguinte, o crédito total da Baixada cresceu 124,7%, impulsionando um crescimento de 11,76% no PIB regional, enquanto que a Capital registrou um crescimento de 75,58% no crédito total, impulsionando um crescimento de 25,39% na geração de riqueza medida pelo PIB. Período Crédito Total Baixada (%) Crédito Total Capital (%) PIB Baixada (%) PI

Desinformação Orçamentária em São João da Barra

Matéria da Folha da Manhã de hoje, traz a decisão de corte no orçamento em São João da Barra, pelo do Prefeito Neco. Justifica o fato, segundo o prefeito, a redução de  R$ 100 milhões na Receita de 2013, provocada pela queda dos Royalties. Consultando o Portal da Transparência Brasil, verifiquei que existe uma falha na assessoria do prefeito. O município recebeu R$232.363.735,70 de Royalties e Participações Especiais em 2012, enquanto que no primeiro semestre de 2013, o valor recebido pelo município somou R$108.063.409,90. Considerando a média mensal de R$19.363.644,58 em 2012 e uma média de R$17.510.568,16 em 2013, verifica-se que a queda neste ano é de 9,56% do valor do ano passado. Conclusão! "Ou falta realmente informação ou o propósito é esconder esses valores da população".

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Síntese da Conjuntura Econômica em Campos dos Goytacazes

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A publicação do Balanço Anual de 2012 de Campos dos Goytacazes, pela Secretaria do Tesouro Nacional, permite uma avaliação da gestão orçamentária do município e o cruzamento com outros indicadores econômicos. Conforme o gráfico a seguir, foi verificado um forte crescimento nominal de 124,28% nas receitas tributária em 2012, com base em 2008, além de sua evolução na proporção com das receitas correntes de 4,95% em 2008 para 7,66% em 2012. O aumento das receitas próprias, em conjunto com uma melhor dinâmica interna da economia, teve reflexo na diminuição da dependência orçamentária às transferências de royalties e participações especiais, cuja relação proporcional as receitas correntes caiu de 70,0% em 2008 para 54,99% em 2012. Evolução do investimento público, Incentivos a criação de novos negócios e formalização de negócios informais estão na base desse processo. A boa execução orçamentária teve impactos no aumento do valor adicionado fiscal que apresentou um crescimento nom

Operações Bancárias em abril em São João da Barra

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As operações bancárias de crédito, depósito a vista e depósito a prazo, no mês de abril, nos municípios da região Norte Fluminense, são apresentadas na tabela. Campos dos Goytacazes apresenta o maior saldo de operações de crédito, ou R$1,9 bilhão no mês, seguido por Macaé com um saldo de R$1,5 bilhão. São Fidélis com um valor de R$131,9 milhões é o terceiro maior saldo de crédito na região, superando inclusive São João da Barra, município beneficiário de investimentos privados. Nas operações de depósito a vista do setor privado, Macaé com um saldo de R$297,1 milhões supera Campos dos Goytacazes com um saldo de R$263,5 milhões. São João da Barra com R$17,0 milhões apresenta o terceiro maior saldo, o qual parece fugir ao invés de gerar redepósito localmente. As operações de depósito a prazo coloca Campos na liderança, com um saldo de 979,0 milhões, seguido por Macaé com um saldo de R$770,3 e São João da Barra com um saldo de R$196,5 milhões no mês de abril. O gráfico apresenta

Execução orçamentária em 2012 no município de Campos dos Goytacazes

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A execução orçamentária em 2012, em Campos dos Goytacazes, se apresenta bem ajustada em relação aos valores previstos para o mesmo ano. O valor das receitas correntes realizadas somou R$2,4 bilhões, cuja composição compreende as receitas tributárias com um valor realizado de R$187,4 milhões, ou 7,66% das receitas correntes, e as transferências correntes no valor de R$2,0 bilhões, ou 83,5% das receitas correntes. As despesas correntes somaram R$1,7 bilhão, com os gastos de pessoal e encargos somando R$730,3 milhões, ou 29,83% das receitas correntes.  Na conta de capital, o valor do investimento atingiu R$438,5 milhões ou 17,91% das receitas correntes.

Lições da Derrocada do Grupo X: Que os gestores públicos aprendam!

O quadro de perplexidade sobre a trajetória das empresas X, especificamente, a empresa de petróleo OGX, nos leva a refletir sobre a prática do discurso recorrente durante o período de construção no Porto do Açu, em São João da Barra. A comunicação se apresentava como importante estratégia e os Governos Federal, Estadual e Municipal, juntamente com organizações de representação empresarial a nível estadual, afinaram o mesmo discurso. O porto inicialmente voltado para a exportação de minério, foi promovido ao status de porto indústria, com a garantia de instalação de unidades industriais nos setores cimenteiro, automobilístico, siderúrgico, energia, petróleo, construção naval, pelotização, etc. Enfim, um porto com a cara de Xangai e a promessa de um próspero desenvolvimento regional. Nesse período de seis anos de construção do porto, viagens internacionais para a Itália, China e outros países, soaram como experiências exploratórias uteis para o momento de transformação econômica do

Exportação de Minério de Ferro em junho

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A exportação de minério de ferro em junho apresentou uma queda, em relação a maio, de 12,17% na receita, uma queda de 3,92% no volume embarcado e uma queda de 8,65% no preço por tonelada no mesmo período. Na comparação entre junho de 2013 e junho de 2012, foi verificado um crescimento de 0,02% na receita, uma queda de 3,92% no volume em tonelada e uma queda de 8,65% no preço por tonelada.   O gráfico apresenta a evolução dos preços praticados nos meses de janeiro a junho dos anos de 2012 e 2013. Depois de leve recuperação em fevereiro e março de 2013, com base no ano de 2012, observou-se uma trajetória de declínio, onde o nível de  junho deste ano ficou abaixo de junho do ano passado.

Exportação de Açúcar em Bruto em junho de 2013

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A trajetória das exportações do commoditie Açúcar em Bruto em 2013 é apresentada na tabela. Observa-se um crescimento de 21,16% na receita em dólar em junho com base em maio e um crescimento de 23,69% no volume embarcado no mesmo período. O maior esforço de embarque do volume se deu em função da queda de 2,06% no preço no período em análise. Comparativamente a junho do ano passado, observa-se em junho de 2013 um crescimento de 12,87% na receita, crescimento de 38,66% no volume embarcado e uma queda de 18,6% no preço médio praticado. O gráfico apresenta a trajetória dos preços praticados nos meses de janeiro a junho de 2012 e 2013.  A desvalorização do preço da commoditie Açúcar em Bruto em 2013 é evidente.

O futuro do setor sucroalcooleiro na região Norte Fluminense

http://www.fmanha.com.br/economia/setor-sucroalcooleiro-recebe-investimentos A leitura relativa a presente matéria deve considerar não o setor sucroalcooleiro em seu contexto maior e sim o inovativo modelo de organização produtiva da Coagro. Já em 2009, no LEPROD/UENF, indicávamos a possibilidade de sucesso dessa organização, cuja base se constituía no fortalecimento relacional envolvendo Governo, Organizações de apoio, a empresa e o conhecimento técnico disponível. O fundamento central, segundo a pesquisa, foi o resgate da confiança no setor, impactado a época, por um esgarçamento substancial do tecido econômico e social no território.  Como contribuição a reflexão, resgato algumas dessas discussões em período anteriores. http://economianortefluminense.blogspot.com.br/search?q=coagro+-+katia

Exportações brasileiras no primeiro semestre de 2013

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O fechamento das operações de comércio exterior no primeiro semestre de 2013 mantém o quadro de preocupação com a economia brasileira. Apesar do superávit comercial de US$2,3 bilhões em junho, o resultado acumulado no semestre contabilizou um déficit comercial de US$3,0 bilhões. No  mesmo período de 2012 foi contabilizado um superávit comercial de US$7,0 bilhões. A tabela apresenta as exportações brasileiras no primeiro semestre de 2013 por blocos econômicos. Nesta, pode-se observar uma queda de 16,13% no embarque para os Estados Unidos, considerando o mesmo período de 2012, uma queda 8,88% para a União Européia, uma queda de 8,01% para a Europa Orienta e uma queda de 7,05% para a Africa. As exportações para a Ásia continua em alta, registrando um crescimento de 5,49% puxado pela China. O total de US$114,5 bilhões exportado no semestre foi menor 2,3% do que os US$117,2 bilhões exportados no mesmo período de 2012. O gráfico apresenta a participação percentual dos principais bloc

Análise do emprego no setor sucroalcooleiro em Campos dos Goytacazes

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Diferente da visão de alguns observadores, o setor sucroalcooleiro em Campos dos Goytacazes, mesmo em decadência, exerce um papel fundamental na geração de emprego formal. Na presente investigação sobre os anos de 2007, 2012 e 2013, com base nos dados do Ministério do Trabalho, podemos observar que nos primeiros três meses de cada ano o nível de emprego é fraco, considerando a estrutura econômica do município. No primeiro trimestre de 2007, o saldo de emprego somou 97 novas vagas, representando 25,8% das 376 vagas criadas  em todos os setores no mesmo período. No primeiro trimestre de 2012, foi contabilizado um saldo de emprego de 169 vagas no setor, representando 38,32% das 441 vagas criadas em todos os setores no mesmo período, enquanto que no primeiro trimestre de 2013 foram criadas 26 novas vagas, representando 26,8% das 97 novas vagas criadas em todos os setores no mesmo período. Importante observar que no período analisado a atividade não está em plena atividade, fato obse