O papel do governo na economia: uma discussão ainda não terminada



Os resultados da avaliação macroeconômica do País são importantes para um melhor entendimento das estratégias que devem ser formuladas para dinamizar os sistemas econômicos locais. O ponto de partida é o questionamento sobre até que ponto o incentivo governamental ao consumo representa a melhor estratégia para o crescimento econômico? Vejam que as ações do governo nesse sentido têm vida curta. Se no primeiro momento aquece a economia, logo em seguida apresenta dificuldades de se sustentar.  No seu último relatório, o Banco Central derrubou a sua previsão de crescimento do PIB de 2,5% para 1,6% em 2012 e também do investimento, cuja previsão era de crescimento de 3,2% e agora é de queda 2,2%. Para completar o quadro, o endividamento das famílias é crescente, assim como a inflação.

O pensamento sobre a dinâmica econômica local costuma seguir esse mesmo raciocino. Os governos usam recursos públicos para incentivar o consumo sem a preocupação com a oferta. Nesse caso a situação é a mesma. O consumo interno gera emprego e renda na origem dos produtos importados e se constrói uma economia insustentável, com a absorção de desemprego, inflação, fuga de recursos públicos e redução da autonomia orçamentária, em função de maior dependência as transferências constitucionais.

Dessa forma, há de se planejar os recursos locais com destino a formação de uma oferta de bens e serviços sustentável, com profissionalização da mão de obra local, inserção de conhecimento, incentivo a inovação e a integração produtiva no território. Essa estratégia fixa os recursos públicos, gera emprego localmente, atrai investidores privados e dinamiza o crescimento econômico com inserção social.

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